tag:blogger.com,1999:blog-215593832024-03-14T07:13:35.250-03:00A Arte da TraduçãoCarolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.comBlogger78125tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-84538645247972186842017-06-15T20:14:00.001-03:002017-06-15T20:14:24.392-03:00Novos cursos online de legendagem!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-zxTexpT_LgM/WUMSlFGhPNI/AAAAAAAAJfo/BRtVO0vuG0EjU-BPnXo_RfFst2EAeRCbQCLcBGAs/s1600/CursoOnline1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="213" src="https://4.bp.blogspot.com/-zxTexpT_LgM/WUMSlFGhPNI/AAAAAAAAJfo/BRtVO0vuG0EjU-BPnXo_RfFst2EAeRCbQCLcBGAs/s320/CursoOnline1.jpeg" width="320" /></a></div>
Perdi a conta de quantas vezes prometi que ofereceria novos cursos em breve, mas o tempo passou muito mais depressa do que eu previa. E precisei reformular o site da <a href="http://www.scribatraducoes.com.br/" target="_blank">Scriba</a>, testar e finalmente assinar um contrato com uma plataforma de ensino à distância... Passou tempo demais. Mas o site novo e o novo sistema de ensino (que já foi testado em um curso-piloto não divulgado) me motivaram a atualizar os materiais e a estrutura, além de oferecer cursos para perfis diferentes.<br />
<br />
Enfim, finalmente, aqui estão. São cursos breves, com bastantes exercícios práticos, para serem feitos em módulos segundo os interesses de cada um. Decidi limitar o número de participantes por turma para poder dar atenção individual por e-mail entre as aulas. Além disso, os cursos agora não dependem das línguas em que cada um trabalhe -- método que desenvolvi dando aulas aqui em Toronto, onde as turmas de tradução costumam incluir dezenas de línguas. Portanto, seja você tradutor de espanhol, francês ou qualquer outra língua, pode se inscrever! Pretendo alternar cursos ministrados em português e em inglês, para atender a tradutores de diversos países.<br />
<br />
Os cursos abertos neste momento são:<br />
<ul>
<li><a href="http://www.scribatraducoes.com.br/servicos/cursos/legendagem-basico/"><strong>Técnicas de legendagem, nível básico</strong> (curso online)</a></li>
<li><a href="http://www.scribatraducoes.com.br/servicos/cursos/reciclagem-legendagem/"><strong>Reciclagem em técnicas de legendagem</strong> (curso online)</a></li>
<li><a href="http://www.scribatraducoes.com.br/legendagem-avancado/"><strong>Técnicas de legendagem, nível avançado</strong> (curso online)</a></li>
<li><a href="http://www.scribatraducoes.com.br/servicos/cursos/legendagem-edicao/"><strong>Edição (“Queima”) de legendas permanentes em vídeos digitais</strong> (oficina online)</a></li>
</ul>
Como são poucas vagas, vão se esgotar depressa, mas pretendo oferecê-los com regularidade. Recomendo acompanhar as <a href="http://www.scribatraducoes.com.br/noticias/" target="_blank">notícias da Scriba</a> pelas redes sociais, RSS ou lista de e-mails para receber informações atualizadas sobre novas turmas e outras novidades.<br />
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-87007504454510559552016-02-14T22:34:00.001-02:002016-02-14T22:35:28.151-02:00Papo com Diego Alfaro - Aprendizado com serviços voluntários e interpretação na União<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-i7kBN3vDPX0/VsEc6YgmjyI/AAAAAAAAJYg/fxNQ6qo4jHw/s1600/DiegoAlfaro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="191" src="https://2.bp.blogspot.com/-i7kBN3vDPX0/VsEc6YgmjyI/AAAAAAAAJYg/fxNQ6qo4jHw/s200/DiegoAlfaro.jpg" width="200" /></a></div>
Conversei com meu irmão e sócio, que é intérprete acreditado das
instituições oficiais da União Europeia. Ele conta a trajetória iniciada
com a formação em medicina e suas viagens (literalmente) pela carreira
de tradutor e intérprete. Os intérpretes sempre têm as melhores
situações de saia justa para contar, não é? ;)<br />
<br />
Conheça melhor o <a _mce_href="https://www.linkedin.com/in/diego-alfaro-7b290142" href="https://www.linkedin.com/in/diego-alfaro-7b290142">Diego</a>.<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="85" id="ei7943731" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://papodetradutor.podomatic.com/embed/frame/posting/2016-02-14T16_21_35-08_00?json_url=http%3A%2F%2Fpapodetradutor.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2016-02-14T16_21_35-08_00%3Fcolor%3D40c700%26autoPlay%3Dfalse%26facebook%3Dtrue%26height%3D85%26minicast%3Dfalse%26objembed%3D0%26width%3D620&notb=1" width="620"></iframe>
Ficha técnica:<br />
Gravado em Toronto e Bruxelas em 9 de outubro de 2015<br />
Roteiro e edição: Carolina Alfaro de Carvalho<br />
Software de gravação (Bruxelas): Audacity<br />
Software de gravação (Toronto) e edição de áudio: Hindenburg Journalist<br />
Trilha sonora: trechos de "Carefree", "Groundwork" e "Guiton Sketch", de <a _mce_href="http://incompetech.com/" href="http://incompetech.com/">Kevin MacLeod</a> (CC-BY)Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-63634090822838042282015-10-11T21:39:00.001-03:002016-02-14T22:37:32.640-02:00Papo com Michel Teixeira e Flávia Assis - Tradução em família e de aluno a professor<div class="episode_inner">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-3IgukcJ07bI/VsEdhW5FN8I/AAAAAAAAJYk/w4035K_4JU8/s1600/FlaviaMichel.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://1.bp.blogspot.com/-3IgukcJ07bI/VsEdhW5FN8I/AAAAAAAAJYk/w4035K_4JU8/s200/FlaviaMichel.jpg" width="200" /></a></div>
Após alguns meses, estou de volta com Papo de Tradutor.<br />
<br />
Conversei com Flávia Assis e Michel Teixeira, que foram meus alunos
uma década atrás e logo se tornaram colegas. O Michel também passou a
dar aulas de tradução em cursos de pós-graduação. Além disso, eles são
casados e trabalham juntos, agora ao ritmo da filhinha de um ano. Foi
uma conversa deliciosa com um casal encantador e competentíssimo.<br />
<br />
Conheça melhor a <a href="https://www.linkedin.com/in/flaviaassis" target="_blank">Flávia</a> e o <a href="https://www.linkedin.com/in/michelteixeira" target="_blank">Michel</a></div>
<div class="episode_inner">
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="85" id="ei7779177" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://papodetradutor.podomatic.com/embed/frame/posting/2015-10-11T16_49_11-07_00?json_url=http%3A%2F%2Fpapodetradutor.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2015-10-11T16_49_11-07_00%3Fcolor%3D43bee7%26autoPlay%3Dfalse%26facebook%3Dtrue%26height%3D85%26width%3D620%26minicast%3Dfalse%26objembed%3D0&notb=1" width="620"></iframe>
Visite a <a href="http://papodetradutor.podomatic.com/" target="_blank">página do <b>Podcast Papo de Tradutor</b></a> para assinar e compartilhar o programa de diversas maneiras.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Ficha técnica:</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Gravado em Toronto e Rio de Janeiro em 8 de setembro de 2015</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Roteiro e edição: Carolina Alfaro de Carvalho</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Software de gravação (Rio de Janeiro): Audacity</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Software de gravação (Toronto) e edição de áudio: Hindenburg Journalist</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Trilha sonora: trechos de "Take Me Higher" e "Family Tree", de <a href="http://betterwithmusic.com/" target="_blank">Jahzzar</a> (CC-BY-SA)</span></div>
</div>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-86058183856402313402015-09-23T15:06:00.000-03:002015-09-23T15:06:17.085-03:00Feliz dia do tradutor!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/9M5eYFa5MNg/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/9M5eYFa5MNg?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
Feliz dia do tradutor e vamos todos erguer mais a nossa voz!</div>
<br />Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-20067077916191357992015-04-15T13:10:00.002-03:002015-04-15T13:11:35.164-03:00Legendagem e literaturaA turma do <a href="http://pontedeletras.com/" target="_blank">Ponte de Letras</a> me convidou para publicar um texto nesse excelente blog sobre tradução literária. Dê uma passadinha lá para ler <a href="http://pontedeletras.com/2015/04/13/parece-literatura-mas-sem-o-livro/" target="_blank"><strong>"Parece literatura, mas sem o livro"</strong></a>, que traça algumas semelhanças e diferenças entre a tradução literária e a legendagem de filmes.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-78668248889907017062015-04-07T11:48:00.001-03:002015-04-07T11:51:11.837-03:00Papo com Julia Aidar - Formações diferentes, perfis semelhantesApós um descansinho, voltamos com o quinto episódio de <strong>Papo de Tradutor</strong>.<br />
<br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-CJGyO7RKJ-c/VSPtjSwbnTI/AAAAAAAAJWE/byv5-1B4suY/s1600/JuliaAidar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-CJGyO7RKJ-c/VSPtjSwbnTI/AAAAAAAAJWE/byv5-1B4suY/s1600/JuliaAidar.jpg" height="200" width="161" /></a>A Julia Aidar tinha comentado comigo que ela nunca teve contato algum
com formação acadêmica em tradução, experiência que é radicalmente
diferente da minha. Então decidimos contrastar nosso processo de
formação e profissionalização, para entender como acabamos chegando a um
ponto tão parecido apesar dessa difer<br />
ença.<br />
<br />
O resultado acabou nos surpreendendo! Ouça e veja como isso se
reflete em você ou o que você pensa: será que ter determinado perfil
pesa mais do que o tipo de formação escolhido?<br />
<br />
Obrigada por vencer a timidez, Julia :) Tenho certeza de que muita gente vai agradecer.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="85" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://papodetradutor.podomatic.com/embed/frame/posting/2015-04-07T07_29_32-07_00?json_url=http%3A%2F%2Fpapodetradutor.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2015-04-07T07_29_32-07_00%3Fcolor%3Df495b9%26autoPlay%3Dfalse%26width%3D620%26height%3D85%26objembed%3D0" width="620"></iframe>
<br />
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
Visite a <a href="http://papodetradutor.podomatic.com/" target="_blank">página do <strong>Podcast Papo de Tradutor</strong></a> para assinar e compartilhar o programa de diversas maneiras.</div>
<span style="font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ficha técnica:</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Gravado em Toronto e Campinas em 20 de março de 2015<br />Roteiro e edição: Carolina Alfaro de Carvalho<br />Software de gravação (Campinas): Audacity<br />Software de gravação (Toronto) e edição de áudio: Hindenburg Journalist<br />Trilha sonora: trechos de "Clap Your Hands", de </span><a href="http://betterwithmusic.com/" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Jahzzar</span></a><span style="font-size: x-small;"> (CC BY-SA), "Windswept", de </span><a href="http://freemusicarchive.org/music/Kevin_MacLeod/" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Kevin MacLeod</span></a><span style="font-size: x-small;"> (CC BY), e "I Don't See the Branches, I See the Leaves", de </span><a href="http://freemusicarchive.org/music/Chris_Zabriskie/" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Chris Zabriskie</span></a><span style="font-size: x-small;"> (CC BY)</span></div>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-60569180344869049012015-02-22T19:19:00.000-03:002015-04-07T11:52:36.952-03:00Papo com Petê Rissatti - O tradutor e o autor e desafio para os ouvintes<a href="http://3.bp.blogspot.com/-HPKiQ6E8V1A/VSPu9cn3JQI/AAAAAAAAJWM/deOT0C96EXA/s1600/PeteRissatti.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-HPKiQ6E8V1A/VSPu9cn3JQI/AAAAAAAAJWM/deOT0C96EXA/s1600/PeteRissatti.jpg" height="150" width="200" /></a>Neste quarto episódio de Papo de Tradutor, conversei com Petê
Rissatti, que começou a carreira como revisor e há alguns anos se dedica
exclusivamente à tradução de literatura em alemão e inglês, além de ser
autor. Ele também aceitou um desafiozinho de tradução, do qual os
ouvintes também podem participar.<br />
<br />
O mais difícil foi não passar a tarde inteira conversando!<br />
<br />
Este é o texto do desafio. Quer traduzir e depois ouvir o que o Petê teve a dizer sobre ele?<br />
<blockquote>
<em>The girl sat there slumped in the couch, sulking. She couldn’t
believe her mother would drag her to that lame party full of weirdos and
losers. She darted her eyes at her mother, who continued to stare at
her, not moving an inch. She should never have taken her persistence for
granted. Defeated, she frowned and pulled herself to her feet, dragging
her sandals across the floor to the door. Her mother couldn’t help but
gloat.</em></blockquote>
Conheça melhor o Petê: <a href="http://peterissatti.com.br/" rel="nofollow" target="_blank">site</a>, blog <a href="http://pontedeletras.com/" rel="nofollow" target="_blank">Ponte de Letras</a><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="85" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://papodetradutor.podomatic.com/embed/frame/posting/2015-02-22T14_00_29-08_00?json_url=http%3A%2F%2Fpapodetradutor.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2015-02-22T14_00_29-08_00%3Fcolor%3Dadadad%26autoPlay%3Dfalse%26width%3D620%26height%3D85%26objembed%3D0" width="620"></iframe>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;"></span><br />
<div style="text-align: left;">
Visite a <a href="http://papodetradutor.podomatic.com/" target="_blank">página do <strong>Podcast Papo de Tradutor</strong></a> para assinar e compartilhar o programa de diversas maneiras.</div>
<span style="font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ficha técnica: Gravado em Toronto e São Paulo em 21 de fevereiro de 2015<br />Roteiro e edição: Carolina Alfaro de Carvalho<br />Software de gravação (São Paulo): Audacity<br />Software de gravação (Toronto) e edição de áudio: Hindenburg Journalist<br />Trilha sonora: trechos de “Please Listen Carefully” e "The Wrong Way", de </span><a href="http://betterwithmusic.com/" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Jahzzar</span></a><span style="font-size: x-small;">,<br />e de "The Temperature of the Air on the Bow of the Kaleetan", de </span><a href="http://chriszabriskie.com/" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Chris Zabriskie</span></a><span style="font-size: x-small;"> - </span><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/" rel="nofollow"><span style="font-size: x-small;">CC BY-SA</span></a></div>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-15487548026901707162015-02-10T20:16:00.001-02:002015-02-10T20:22:39.150-02:00Papo com Elisabete Köninger - Na interface cultural Brasil-AlemanhaChegou o terceiro episódio de <strong>Papo de Tradutor</strong>!<br />
<br />
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-4CGVsgB9bfo/VNqCqH9ldcI/AAAAAAAAJUo/M19HH5TuDQo/s1600/BeteKoeninger.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-4CGVsgB9bfo/VNqCqH9ldcI/AAAAAAAAJUo/M19HH5TuDQo/s1600/BeteKoeninger.jpg" /></a>Conversei com a Elisabete Köninger, tradutora e intérprete carioca
que mora e trabalha há mais de 30 anos na Alemanha. Mas nem sequer
falamos de tradução, e sim do papel do tradutor e intérprete na
interface entre as duas culturas, lidando com as diferenças no jeito de
ser para que a comunicação aconteça.<br />
<br />
Foi um papo delicioso e instigante. Obrigada, Bete!<br />
<br />
Conheça melhor a Elisabete Köninger: <a href="http://www.ek-uebersetzungen.de/" rel="nofollow" target="_blank">site</a><br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="85" id="ei7449115" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://papodetradutor.podomatic.com/embed/frame/posting/2015-02-10T13_19_05-08_00?json_url=http%3A%2F%2Fpapodetradutor.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2015-02-10T13_19_05-08_00%3Fcolor%3D40c700%26autoPlay%3Dfalse%26facebook%3Dtrue%26height%3D85%26minicast%3Dfalse%26objembed%3D0%26width%3D620&notb=1" width="620"></iframe>
<br />
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
Visite a <a href="http://papodetradutor.podomatic.com/" target="_blank">página do <strong>Podcast Papo de Tradutor</strong></a> para assinar e compartilhar o programa de diversas maneiras.</div>
<span style="font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ficha técnica:</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Gravado em Toronto e Stuttgart em 8 de fevereiro de 2015<br />Roteiro e edição: Carolina Alfaro de Carvalho<br />Software de gravação (Stuttgart): Audacity<br />Software de gravação (Toronto) e edição de áudio: Hindenburg Journalist<br />Trilha sonora: trechos de “Welcome” e "So Far So Close", de </span><a href="http://betterwithmusic.com/" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">Jahzzar</span></a><span style="font-size: x-small;"> - </span><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">CC BY-SA</span></a></div>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-1671279949206269982015-01-30T01:43:00.000-02:002015-02-10T20:12:04.836-02:00Papo com Mirna Soares - Trabalho na OEA e a vida em WashingtonChegou o segundo <b>Papo de Tradutor</b>!<br />
<br />
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-XXDACFcdi3c/VMr9lb1EoSI/AAAAAAAAJUU/-dTr2rXbI8M/s1600/MirnaSoares.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-XXDACFcdi3c/VMr9lb1EoSI/AAAAAAAAJUU/-dTr2rXbI8M/s1600/MirnaSoares.jpg" height="200" width="150" /></a>Conversei com a Mirna Soares, tradutora de inglês, espanhol e francês que há 5 anos é contratada da Organização dos Estados Americanos, com sede em Washington. Conheci a Mirna no Rio há vários anos, mas a carreira dela mudou de forma incrível desde então.<br />
<br />
Falamos sobre as difíceis escolhas que é preciso fazer ao longo da carreira e sobre vários aspectos do trabalho dela na OEA. Foi uma conversa muito agradável e instrutiva ao mesmo tempo, como sempre acontece quando tradutores batem papo. :)<br />
<br />
Obrigada por participar, Mirna!<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="85" id="ei7449058" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://papodetradutor.podomatic.com/embed/frame/posting/2015-02-10T12_46_06-08_00?json_url=http%3A%2F%2Fpapodetradutor.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2015-02-10T12_46_06-08_00%3Fcolor%3Def3435%26autoPlay%3Dfalse%26facebook%3Dtrue%26height%3D85%26minicast%3Dfalse%26objembed%3D0%26width%3D620&notb=1" width="620"></iframe><br />
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
Visite a <a href="http://papodetradutor.podomatic.com/" target="_blank">página do <strong>Podcast Papo de Tradutor</strong></a> para assinar e compartilhar o programa de diversas maneiras.</div>
<span style="font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Ficha técnica:</span></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Gravado em Toronto e Washington em 24 de janeiro de 2015</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;">Roteiro e edição: Carolina Alfaro de Carvalho</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;">Software de gravação de conversa pelo Skype: Amolto Call Recorder </span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Microfone (Toronto): Blue Snowball Ice</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Software de edição de áudio: Hindenburg Journalist</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Trilha sonora: trechos de “Plain Loafer”, de <a href="http://freemusicarchive.org/music/Kevin_MacLeod/" target="_blank">Kevin MacLeod</a>,</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;">e "Talk Me Down", de <a href="http://freemusicarchive.org/music/Mark_Neil/" target="_blank">Mark Neil</a></span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" rel="license" target="_blank"><img alt="Creative Commons Licence" src="https://i.creativecommons.org/l/by/2.0/ca/88x31.png" style="border-width: 0px;" /></a></div>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-34677433353658913922015-01-13T03:41:00.002-02:002015-02-10T20:18:02.348-02:00Papo com Érika Lessa - Experiência fora do Brasil e na cabine de interpretaçãoEsta é a primeira edição da minha novidade que chegou com 2015: o podcast <b>Papo de Tradutor</b>, em que converso com meus colegas e amigos tradutores e intérpretes sobre... bom, qualquer coisa que seja de interesse dos envolvidos.<br />
<br />
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-rx1gUTjsULc/VLUuKPeWJzI/AAAAAAAAJUA/1_HCXM-LwC4/s1600/DSC07604.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-rx1gUTjsULc/VLUuKPeWJzI/AAAAAAAAJUA/1_HCXM-LwC4/s1600/DSC07604.JPG" height="240" width="320" /></a>Meu primeiro papo foi com a Érika Lessa, intérprete e tradutora a quem conheci quando foi minha aluna no curso de Formação de Tradutores da PUC-Rio, lá por 2006 ou 2007, e que logo em seguida se tornou colega e amiga. Ela está passando um ano aqui em Toronto e eu aproveitei para explorar seus talentos de intérprete e rir com alguns "causos".<br />
<br />
Foi muito divertido! E, como sempre que a gente bate papo com tradutores, aprendemos alguma coisa nova. Obrigada por ser a primeira "cobaia", Érika!<br />
<br />
Conheça melhor a Érika Lessa: <a href="http://www.erikalessa.com.br/" target="_blank">site</a>, <a href="https://www.facebook.com/erika.interprete" target="_blank">Facebook</a>, <a href="https://twitter.com/interpreterika" target="_blank">Twitter </a><br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: left;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="85" id="ei7449045" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="http://papodetradutor.podomatic.com/embed/frame/posting/2015-02-10T12_32_58-08_00?json_url=http%3A%2F%2Fpapodetradutor.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2015-02-10T12_32_58-08_00%3Fcolor%3D43bee7%26autoPlay%3Dfalse%26facebook%3Dtrue%26height%3D85%26minicast%3Dfalse%26objembed%3D0%26width%3D620&notb=1" width="620"></iframe><br /></div>
Visite a <a href="http://papodetradutor.podomatic.com/" target="_blank">página do <strong>Podcast Papo de Tradutor</strong></a> para assinar e compartilhar o programa de diversas maneiras.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Ficha técnica:</span></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Gravado ao vivo em Toronto em 11 de janeiro de 2015</span></i><br />
<i><span style="font-size: x-small;">Roteiro e edição: Carolina Alfaro de Carvalho</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Microfone: Blue Snowball Ice</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Software de edição de áudio: Hindenburg Journalist</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: x-small;">Trilha sonora: trechos de “Kiss And Tell (breezy bossa nova)”,<br />“The Killer (theatrical villainy)” e “Waterback (pastoral folk)”,<br />compostas por <a href="http://freemusicarchive.org/music/Keshco/" target="_blank">Keshco</a></span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<a href="http://creativecommons.org/licenses/by/2.0/ca/" rel="license" target="_blank"><img alt="Creative Commons Licence" src="https://i.creativecommons.org/l/by/2.0/ca/88x31.png" style="border-width: 0px;" /></a></div>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-48393843356555469012015-01-12T13:16:00.000-02:002015-01-12T13:16:07.824-02:00O mundo virtual é o novo mundo realUm dos argumentos nos quais eu venho insistindo em palestras, aulas e fóruns de tradução é que a tradução audiovisual há bastante tempo não é um nicho do setor de entretenimento, mas está se tornando a norma e permeando todas as áreas que envolvem tradução e interpretação. Não somente usamos a internet para enviar e receber traduções, a internet cada vez mais é o meio -- o único meio -- em que a tradução existe, é divulgada e utilizada, fazendo uso intenso de recursos audiovisuais.<br />
<br />
Apenas para ilustrar essa questão, há alguns meses um dos meus clientes -- uma grande rede social -- me encomendou a tradução e legendagem deste vídeo. O tema do vídeo é a própria expansão das redes sociais e seu impacto e relevância crescentes para o mundo "físico". Agora recebi autorização desse cliente para divulgar o vídeo com a tradução. Pessoalmente, fiquei impressionada com as informações dadas nesse vídeo.<br />
<br />
E você? Ainda acha que redes sociais são pura distração e que a área de tradução audiovisual é um nicho mal pago para quem gosta de séries na TV?<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/xag0I6jUQKM?rel=0" width="560"></iframe>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-71298334695590435442014-09-06T17:04:00.000-03:002015-01-12T12:59:24.618-02:00Curso de legendagem no Rio de Janeiro - dezembro de 2014<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">==================================== </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Esta postagem se refere a um curso que já foi realizado. Quando houver previsão de uma nova turma, ela será anunciada aqui.</span></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">====================================</span></div>
<br />
O formato intensivo do curso de <b><span style="color: #ff6600;">Tradução para Legendagem de Filmes: Teoria, Técnica e Prática</span></b> tem sido muito procurado. Em 2013 abrimos três turmas. Agora, novamente há inscrições abertas para este curso, que ocorrerá em <b style="color: #a64d79;">dezembro de 2014</b>.<br />
<br />
É
o curso mais completo que eu dou e com certeza um dos mais extensos e
completos disponíveis no Brasil. Será oferecida uma só turma, para
tradutores <span style="color: #3333ff; font-weight: bold;">de inglês para português</span>.
As vagas têm sido preenchidas depressa, se esgotando geralmente dois
meses antes do início das aulas. Portanto, se você tiver interesse, não
perca tempo em se inscrever!
<br />
<br />
O curso será realizado na <b><span style="color: #993399;">PUC do Rio de Janeiro</span></b>, na unidade do <b><span style="color: #993399;">Centro</span> </b>da cidade, <b style="color: #a64d79;">do dia 9 de dezembro (terça) a 17 de dezembro (quarta) de 2014</b>, em formato intensivíssimo: são <b><span style="color: #cc0000;">seis horas de aulas por dia durante 7 dias, três horas à manhã e três à tarde</span></b>.
Serão quatro dias consecutivos na primeira semana, um fim de semana
para recuperar o fôlego e mais três dias seguidos na semana seguinte. No
total serão <b><span style="color: #cc0000;">42 horas</span></b>. O certificado de conclusão do curso é emitido pela PUC-Rio.
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.cce.puc-rio.br/sitecce/website/website.dll/folder_curso?nCurso=traducao-para-legendagem-de-filmes" target="_blank">Página oficial do curso na PUC-Rio</a>
</div>
<br />
O formato intensivo foi muito solicitado,
principalmente para que aqueles que não moram na cidade onde o curso é
realizado possam se deslocar para lá durante poucos dias. Por isso foi
escolhida uma época de férias escolares. Agora há a oportunidade de
passar 10 dias no Rio, aproveitando a cidade maravilhosa, e sair de lá
especializado em legendagem.
<br />
<br />
Todas as aulas são em laboratório de informática,
com toda a infraestrutura necessária. O curso inclui reflexões e a
leitura de textos sobre tradução audiovisual e legendagem, mas seu
conteúdo é fortemente prático, repleto de exercícios reais que visam
trabalhar diversos gêneros de filmes, simular serviços para diferentes
clientes e ensinar técnicas e métodos de trabalho para cinema, DVD, TV a
cabo e o mercado corporativo. Em aproximadamente metade das horas de aula é utilizado o
software Subtitle Workshop.
<br />
<br />
Este curso tem sido muito bem-sucedido em seus
objetivos: são vários os alunos que passaram a atuar no mercado de
legendagem de filmes, e cada vez mais produtoras de vídeo entram em
contato pedindo recomendações dos melhores alunos para serem seus
prestadores de serviços. O mercado é exigente e o curso também: é
intenso e os exercícios apresentam um grau de dificuldade crescente,
visando preparar os alunos para a realidade do mercado em seus melhores
nichos. Não é um curso fácil, exige muita dedicação. A experiência
prévia com tradução de textos é desejável mas não imprescindível; já o
excelente domínio das duas línguas envolvidas, com ênfase na
compreensão do inglês e na ótima redação em português, é fundamental e
faz toda diferença no desempenho. Também é muito importante que os
alunos se sintam à vontade usando computadores, tenham bom domínio de
Windows, Office, programas de vídeo, ferramentas de internet e saibam
realizar tarefas essenciais como download, instalação de programas,
etc.
<br />
<br />
O valor do curso é de R$ 1.994,00, e pode ser parcelado em duas vezes. <br />
<br />
Algumas considerações sobre este curso presencial e
os valores. A PUC tem fama de cobrar preços altos, mas leve em conta a
quantidade de horas em laboratório de informática, com uma ótima
infraestrutura, técnico à disposição e tudo mais. 42 horas é muito tempo
(pelo que sei, é o mais longo no Brasil).
Basta fazer uma comparação analisando o conteúdo oferecido, a
infraestrutura e a quantidade de horas para perceber que este curso
oferece um ótimo custo-benefício.
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.cce.puc-rio.br/sitecce/website/website.dll/folder_curso?nCurso=traducao-para-legendagem-de-filmes" target="_blank">Clique aqui para ir à página oficial do curso no site da PUC-Rio e saber mais detalhes sobre o programa, metodologia, inscrição e outras informações</a>
</div>
<br />
E fique à vontade para comentar e perguntar o que precisar.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com28tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-75581395002131539482014-06-06T12:57:00.001-03:002014-06-06T20:44:17.805-03:00Tradução e tênisAlém de línguas e tradução, uma das atividades que mais ocupam meu tempo é o tênis -- o esporte.<br />
<br />
Comecei a jogar aos 7 anos e competi dos 10 aos 17. A partir dos 14 eu treinava 4 horas por dia, mas parei aos 17 quando percebi que não teria mais chance de me tornar profissional, sendo que desde os 15 ou 16 eu já estava praticamente obcecada em ser tradutora. No meu ano livre entre a formatura da escola e o início da faculdade, com 17-18 anos, dei aulas de tênis em dois clubes. Jogo regularmente até hoje e, como ao longo de toda a vida, eu me integrei à nova cidade (a terceira em que eu moro) e fiz vários bons amigos por meio do tênis. Sempre convivi com amantes desse esporte, fossem amadores ou profissionais.<br />
<br />
Além disso, é claro, o gosto pelo estudo de línguas, gramática, literatura e tradução, além de há mais de 20 anos ser estudante ou professora de tradução (às vezes as duas coisas ao mesmo tempo), define grande parte de quem eu sou, como penso, com quem me relaciono e a que dedico a maior parte do meu tempo.<br />
<br />
Um dia desses, batendo bola, minha cabeça começou a "viajar" e tecer paralelos entre as duas atividades. Fiquei maravilhada de constatar quanta coisa elas têm em comum. Então aqui vai um pequeno exercício de reflexão: qualquer um dos itens abaixo são o que vejo e sinto tanto com relação ao campo da tradução quanto ao tênis.<br />
<ul>
<li>É uma atividade notoriamente solitária, o que não quer dizer que tudo dependa somente de você.</li>
<li>Quem vê essa atividade de fora, sem conhecê-la, pensa que é algo puramente mecânico. </li>
<li>É preciso treinar a vida toda; não existe um momento em que não há mais necessidade de praticar e se aperfeiçoar. No começo é apenas para conseguir fazer o básico, mas, quanto mais alto o nível a que você chega, mais importante é treinar com regularidade para buscar estender seus próprios limites.</li>
<li>Sempre dá para melhorar.</li>
<li>É 99% ralação e 1% inspiração. </li>
<li>Se, para quem
olha de fora, o que a pessoa faz parece fácil e natural, pode ter
certeza de que exigiu um esforço muitíssimo maior do que se pode
imaginar.</li>
<li>É preciso treinar muito,
durante anos e anos, para, quando nos depararmos com algum daqueles
momentos cruciais da carreira, algum desafio imenso que nos marcará pelo
resto da vida, sabermos aproveitar a oportunidade.</li>
<li>Existe sorte. Mas ela não pode fazer parte da nossa estratégia. </li>
<li>Há muita margem para discussão de regras e questionamentos. Mas dentro é dentro, e fora é fora.</li>
<li>Temos que conseguir pegar gosto -- ou ao menos aceitar e tirar satisfação -- da prática em todos os aspectos (mesmo aqueles de que a gente não gosta),
do cansaço, da repetição, da frustração, da dor. Os momentos de
vitórias memoráveis e reconhecimento são raros e estão diretamente
relacionados a esse esforço contínuo.</li>
<li>O erro faz parte e acontece com frequência. Simplesmente não existe a possibilidade de não errar. É preciso aceitar que isso vai acontecer e saber lidar com a presença de erros de modo a não comprometer o resultado final, sua postura e autoconfiança e o prazer de continuar se dedicando àquela atividade.</li>
<li>A derrota também faz parte. É preciso saber usá-la como fonte de motivação para melhorar. Mas, se você repetidamente não consegue ganhar, há algo muito errado com o que está fazendo, e precisa reconhecer esse fato e buscar ajuda.</li>
<li>O único jeito de melhorar é nos medirmos sempre com quem é melhor do que nós.</li>
<li>É importante termos um modelo (ou alguns) daquilo que gostaríamos de ser. E é importante saber por que escolhemos justamente esse modelo.</li>
<li>Derrotar ou apontar erros de quem é tecnicamente inferior não nos torna melhor em absolutamente nada.</li>
<li>Ao cometer um erro grave, ficar remoendo ou apresentando justificativas só piora a situação. A única solução é aprender com ele imediatamente e dar um jeito de acertar da próxima vez.</li>
<li>A sensação de orgulho ao vencer é muito forte, pois lutamos sozinhos e o mérito é fortemente individual. Mas quem conquista uma vitória importante sempre tem uma enorme quantidade de gente para agradecer por ter chegado lá.</li>
<li>É preciso ter uma combinação muito especial de ambição e humildade, sempre.</li>
<li>Não se fica parado lugar. Parar é retroceder. </li>
<li>Não se pode descansar nos louros enquanto a carreira não chegou ao fim. Isso é um pecado mortal.</li>
<li>Poucas coisas revelam nossa verdadeira ética quanto uma derrota dolorosa. Ou mesmo a possibilidade de derrota.</li>
<li>Mesmo a mais correta das pessoas tenta distorcer uma regra a seu favor ou tirar vantagem de vez em quando. Mas nada é mais difícil do que fazer o que sabemos ser correto quando somos roubados ou prejudicados de má fé. E isso acontece com frequência.</li>
<li>Fatores externos, sejam naturais ou humanos, interferem o tempo todo. Ninguém está imune a eles. Mas quem é realmente sério jamais usa esses fatores como justificativa para suas falhas.</li>
<li>É perfeitamente possível ser autodidata, mas a imensa maioria dos autodidatas terá vícios ou carências técnicas visíveis se nunca parar e se aperfeiçoar formalmente.</li>
<li>Salvo raras e honrosas exceções, é possível identificar autodidatas, amadores ou praticantes ocasionais em questão de segundos.</li>
<li>"Ter paixão" pela atividade e ser um profissional -- que faz daquela atividade a carreira de uma vida -- são coisas completamente diferentes. Ser profissional e não perder a paixão por algo que requer tamanho esforço e dedicação é que é o grande desafio.</li>
<li>Há muito espaço para ótimos profissionais que nunca vão estar no topo ou entrar para a história. Não há vergonha alguma e é possível ter uma carreira muito digna e produtiva em níveis intermediários. O grau de esforço e dedicação necessário continua sendo exatamente o mesmo.</li>
<li>Há quem tenha talento inato para a coisa, e isso é perceptível, mesmo que a gente não saiba exatamente o que é.</li>
<li>Ajudar alguém a melhorar nos faz melhorar ainda mais.</li>
<li>Nosso adversário é nosso colega. Sem ele, nós não somos nada, não temos mérito algum. Nosso inimigo de hoje é seu parceiro de amanhã, ou vice-versa.</li>
<li>É fundamental respeitar o adversário e saber reconhecer seus méritos.</li>
<li>É crucial saber separar profissão de relacionamento pessoal, apesar de essas duas dimensões se misturarem constantemente.</li>
<li>Não nos dedicamos a essa atividade porque esperamos reconhecimento. Nos dedicamos a essa atividade porque é parte de quem somos e queremos realizá-la com qualidade.</li>
<li>É uma viagem de autoconhecimento. Precisamos encarar nossos defeitos e pontos fracos, assim como descobrir e saber aproveitar nossos talentos.</li>
<li>Temos que saber estudar sós, trabalhar sós, nos defendermos sós, superarmos desafios sós.</li>
<li>Quem nos observa de fora vai nos julgar, às vezes com base em detalhes que mal percebemos. Faz parte.</li>
<li>Dizer que se é bom naquilo não significa nada. Tem que mostrar.</li>
<li>Uma vitória bonita de um de orgulho enche a todos.</li>
<li>Quem diz que não sente pressão quando outras pessoas estão assistindo ou seu nome vai ficar gravado está mentindo descaradamente. O grande mérito está em justamente não deixar o desempenho cair demais sob pressão.</li>
<li>Quem pensa que investir constantemente em instrumental de qualidade não faz diferença no desempenho não entende nada. Quem acha que só o instrumental resolve tudo também não.</li>
<li>Quanto melhor se é, mais diferença faz uma fração de segundo, um centímetro, um grau.</li>
<li>Não é algo que a gente faz. É algo que se é. É um estilo de vida, uma forma de pensar. Não só da pessoa, mas da família toda.</li>
<li>É uma atividade que transforma a nossa forma de encarar a vida e que
influencia tudo o que fazemos, mesmo que sejam coisas totalmente
desvinculadas da atividade em si.</li>
<li>Quando bem executada, chega a comover. Mas só para quem sabe apreciar de verdade.</li>
<li>É ciência. É arte. É malabarismo. É dança.</li>
</ul>
E tenho certeza de que não termina aqui. Provavelmente eu ainda volte para acrescentar itens na lista...<br />
(Aliás, já acrescentei.)<br />
<br />
Um adendo: eu escrevi sobre tênis porque, claro, é o esporte que pratiquei a vida toda e mais admiro. Tenho medo de generalizar e nem é esse o objetivo. Mas é claro que muito disto valeria também para diversos outros esportes individuais, como squash, natação, golfe ou atletismo.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-54721516949781980412014-04-19T13:00:00.002-03:002014-04-22T19:34:10.127-03:00Quatro traduções de um mesmo vídeo(Atualizado com mais uma tradução amadora.)<br />
<br />
Estes dias, passou a circular um vídeo que se tornou viral, sobre uma falsa vaga de emprego que parece impossível (propaganda de uma empresa de cartões).<br />
<br />
Vários conhecidos começaram a pedir que fosse traduzido, e me ofereci para fazer a legendagem. De vez em quando eu traduzo algo de que gosto, para mim mesma ou para alguém querido. Foi o que fiz, traduzindo e editando o vídeo com legendas fixas.<br />
<br />
Dois dias após ter divulgado o vídeo no YouTube, descobri outras duas traduções em português, publicadas quase ao mesmo tempo que a minha. Mais um par de dias depois, encontrei outra versão legendada que já se tornou muito popular.<br />
<br />
Achei muito interessante comparar a redação, o estilo e as características técnicas (sincronia, subdivisão de legendas, ritmo de leitura) de duas traduções amadoras com a minha, que fiz usando os critérios da legendagem profissional com que trabalho normalmente.<br />
<br />
São estes:<br />
<br />
1 (amador, clique em 'cc' e selecione legendas em português)<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="342" src="//www.youtube.com/embed/yTtx5usrTYM?rel=0" width="608"></iframe>
<br />
2 (amador)<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="342" src="//www.youtube.com/embed/5hn9Tt6coQs?rel=0" width="608"></iframe>
<br />
3 (amador)<br />
<iframe width="608" height="342" src="//www.youtube.com/embed/7d2XhaJiSUs?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<br />
4 (profissional)<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="342" src="//www.youtube.com/embed/_e1oLSNNwfk?rel=0" width="608"></iframe>
<br />
<br />
Algumas ressalvas importantes:<br />
<br />
Meu objetivo aqui não é criticar nem ridicularizar as traduções amadoras. Foram feitas por gente que, como eu, quis tornar um vídeo bonito acessível para pessoas queridas, e cumprem com esse objetivo. Também não me sinto de forma alguma "moralmente superior" a ninguém.<br />
<br />
Por outro lado, o tempo todo ouvimos comentários sobre a excelente qualidade das traduções amadoras ("fansubs"). Inclusive já tive alunos que eram fansubbers e achavam absurdas as imposições técnicas nas quais eu insistia para conseguirem se inserir no mercado profissional, pois argumentavam que "todo mundo" elogiava seu trabalho.<br />
<i></i><br />
Esta comparação é apenas uma boa oportunidade de destacar essas diferenças.<br />
<br />
Essas legendagens amadoras cumprem a função de transmitir rapidamente um conteúdo em língua estrangeira? Sem dúvida.<br />
<br />
Seriam aceitas por uma produtora de vídeo ou canal de TV como um serviço profissional? Em hipótese alguma.<br />
<br />
Os textos contêm inúmeros problemas de tradução, gramática e estilo. Há legendas com tanto texto que não dá tempo de ler (ou, se conseguimos ler, não temos tempo de observar as imagens, o que é uma perda grave). A sincronia não está precisa, assim como a quebra de legendas e de linhas, e tudo isso exige um esforço redobrado do espectador para acompanhar as legendas, em detrimento da experiência prazerosa de assistir ao vídeo.<br />
<br />
Todas essas observações se baseiam em conhecimentos bastante técnicos e nem sempre intuitivos.<br />
<br />
Tudo isto não é para pedir elogios nem nada disso, absolutamente -- eu continuo me aprimorando e não me considero dona da verdade.<br />
<br />
É apenas para ilustrar o que qualquer tradutor qualificado já sabe: o bom resultado final de uma tradução é a ponta do iceberg, fruto de um esforço significativo de estudo, capacitação e treinamento, aliado a um trabalho intenso e <i>extremamente</i> detalhista durante o processo de tradução -- tudo isso apenas para que o receptor desse conteúdo não note demais a tradução em si, como alguém que aprecia a paisagem sem reparar no vidro da janela.<br />
<br />
E também para lembrar que ainda falta muito, muito mesmo, para sermos substituídos por máquinas ou por voluntários bem-intencionados, caso alguém tivesse alguma dúvida.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-27906207564711607312014-04-13T17:18:00.000-03:002014-04-13T17:33:56.123-03:00Novamente a discussão sobre dublagem x legendagem<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0">Eu nem me lembrava de que <a href="http://artedatraducao.blogspot.ca/2014/01/titulos-de-series-legendagem-e-dublagem.html" target="_blank">o último que escrevi neste blog foi sobre o debate de dublagem x legendagem</a>, que já mais parece São Paulo x Corinthians ou Flamengo x Fluminense, com a tendência a cada lado defender suas preferências pessoais como se fossem a única verdade possível. Mas a todo momento alguma notícia reacende esse debate, mesmo que a notícia em si nem diga respeito à forma de tradução -- a mídia adora lançar polêmicas e, em frações de segundo, as pessoas voltam à briga.</span></span></span></span><br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><br /></span></span></span></span>
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0">Desta vez, uma longa discussão num grupo grande de tradutores profissionais surgiu por conta desta notícia sobre uma <a href="http://oglobo.globo.com/blogs/cinema/posts/2014/04/12/capitao-america-2-faz-brincadeira-com-brasil-com-outros-paises-530929.asp" target="_blank">adaptação feita nas imagens do filme <i>Capitão América</i></a> para os diversos países de destino, inclusive o Brasil.</span></span></span></span><br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><br /></span></span></span></span>
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0">Embora eu já tenha comentado e escrito sobre o assunto em outros lugares, como nesta <a href="http://scribatraducoes.com.br/files/Revista_Lingua_Portuguesa_Carol.pdf" target="_blank">matéria sobre tradução audiovisual para a revista <i>Língua Portuguesa</i></a>, vejo que, mesmo entre tradutores, que supostamente deveriam ter um conhecimento um pouquinho acima da média sobre o tema, continuam sendo repetidos e reforçados argumentos infundados e baseados em preconceitos errôneos a respeito das diversas opções usadas para adaptar um filme a uma cultura diferente.</span></span></span></span><br />
<br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0">Então volto a expor minha opinião sobre essa questão -- que, para falar a verdade, não entendo bem por que rende tanto debate. </span></span></span></span><br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$7:0" /><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$8:0">Um
desses preconceitos é a noção de que um tradutor "rebelde" qualquer,
por conta própria, seria capaz de modificar um filme. Ouvimos isso sobre
títulos de filmes, edições de imagem, de som, adaptações na tradução, etc.</span></span></span></span></span><br />
<br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$8:0">O
processo de tradução e pós-produção de um filme envolve várias empresas,
muita gente e muito dinheiro. O tradutor é apenas um dos elos (um
elozinho praticamente dos mais insignificantes) do processo, que não tem
poder para tomar nenhuma decisão que minimamente fuja do padrão. Nenhum
tradutor jamais decidiu o título de um filme, imprimiu cartazes e
outdoors e os espalhou por todo o país, assim como não trocou uma imagem
do filme original por uma imagem com textos adaptados. Tudo isso
envolve muito dinheiro, muitas decisões, e o tradutor apenas cumpre
ordens, talvez dê sugestões, mas definitivamente não toma nenhuma
decisão nem tem controle sobre o resultado final do processo.</span></span></span></span></span><br />
<br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$8:0">Isso sem
dizer que, no caso de <i>Capitão América</i>, se trata da Disney, a distribuidora mais
controladora do mundo com relação às traduções e adaptações, cujo
processo começa muitas vezes seis meses antes do lançamento de um filme.</span><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$9:0" /><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$11:0" /><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$12:0">Outro
preconceito é o de associar legendagem a superioridade cultural,
inteligência ou "evolução" (acreditem, vi esse termo usado em um argumento), e dublagem a inferioridade, burrice e preguiça. Basta olhar para o
resto do mundo e ver que isso não se sustenta. Eu já li bastante sobre o
assunto e há especulações muito variadas sobre as origens das
preferências de cada cultura por dublagem ou legendagem, mas não há
explicações definitivas. Faço aqui um resuminho:</span><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$13:0" /><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$15:0" /><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$16:0">Por
um lado, a dublagem se tornou obrigatória em muitos países durante
regimes autoritários, por facilitar a censura e alteração do conteúdo
estrangeiro (caso do Brasil e de muitos países da Europa quando da
disseminação do cinema falado ou da televisão). Esses mesmos regimes
costumavam usar como pretexto a acessibilidade para a parcela menos
letrada da população, e muita gente até hoje faz essa associação, embora
não se sustente em muitos casos.</span><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$17:0" /><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$19:0" /><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$20:0">Por
outro lado, a pós-produção para dublagem é um processo muitíssimo mais
caro do que a legendagem. No caso do Brasil, como a lei que previa a
obrigatoriedade da dublagem se aplicava à TV, quando do advento do VHS
-- aqui é meio que teoria minha -- as produtoras tenderam a optar pela legendagem
por ser muito mais barata, considerando o volume de novas traduções a
serem feitas. O DVD também tradicionalmente tem mais opções de
legendagem do que de dublagem.</span><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$21:0" /><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$23:0" /><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$24:0">Pelo
que li em textos da área audiovisual, o aumento proporcional da
preferência pela dublagem no Brasil tem muito a ver com o maior poder
aquisitivo de classes mais baixas, aliado a um investimento maior das
distribuidoras na pós-produção de filmes, visando atingir um público
claramente maior. O interesse é comercial, e mútuo. As distribuidoras
não gastariam muitíssimo mais em adaptar o som e as imagens de um filme
se isso não lhes desse um retorno bem maior do que inserir legendas, que
é muito mais barato.</span></span></span></span></span><br />
<br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$24:0">Cheguei a ver o argumento de que o aumento dos filmes dublados no brasil faria parte de </span></span></span></span></span><span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$24:0">um projeto político de emburrecimento da população. Pessoalmente, acho essa ideia teoria da conspiração demais, até porque esse
argumento se baseia em um preconceito infundado (ou será que a população alemã é
mais burra agora do que era há 50 anos?) e porque, particularmente,
acredito que os interesses econômicos são muito mais fortes que os
puramente políticos.</span><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$25:0" /><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$27:0" /><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$28:0">Já
quanto às preferências pessoais (menos ou mais acaloradas) por
legendagem ou dublagem, pelo que observo em diversos grupos e diversos
países, é apenas questão de hábito e de gosto. Para alguns, não ouvir os
diálogos na língua original é insuportável; para outros, ter que ler
texto aplicado na parte de baixo da tela é um crime contra a experiência
cinematográfica. Vai ter gente que odeia de morte uma ou outra forma,
assim como tem gente capaz de morrer pelo Bragantino, mas aí se tratam
de paixões pessoais, pouco fundamentadas na razão.</span><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$29:0" /><br data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$31:0" /><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$32:0">No
Brasil, a parcela da população capaz de entender um filme estrangeiro
sem tradução é tão ínfima que deve ser irrelevante para fins comerciais.
A legenda obviamente não se destina a essa parcela. Aliás, eu
arriscaria dizer que mesmo entre tradutores profissionais só
uma parte bem pequena conseguiria entender realmente bem um filme falado
na nossa segunda língua. Com apoio de legendas, quem já é bastante
fluente na língua estrangeira consegue ir comparando original e tradução
e preenchendo as lacunas, e assim formar a ilusão de que está
entendendo a língua estrangeira (eu sou assim com francês: quando vejo
filme legendado, sou francófona nata! Já sem legendas, só entendo
"bonjour" e olhe lá.)</span></span></span></span></span><br />
<br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$32:0">Pelo que vejo, essas pessoas costumam preferir a
legendagem dos filmes na língua estrangeira que entendem razoavelmente.
Já em outras línguas, tenho minhas dúvidas. Eu, por exemplo, gosto de
animações japonesas, mas acho muito cansativo ver filmes longos
legendados. Moro no Canadá e vejo filmes do Miyazaki no cinema dublados
em inglês, feliz da vida. Talvez mais de um pense que a dublagem em
inglês é muito melhor que a dublagem em português, mas nesse caso eu
diria que é mais um preconceito bem arraigado.</span></span></span></span></span><br />
<br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body"><span class="UFICommentBody" data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0"><span data-reactid=".4k.1:3:1:$comment735065953182618_735452649810615:0.0.$right.0.$left.0.0.0:$comment-body.0.3.0.$end:0:$32:0">Apenas para deixar claro: eu não sou "defensora" da dublagem. Nem sei fazer tradução de roteiros para dublagem. Sou tradutora especializada e professora de legendagem, e pessoalmente prefiro assistir a filmes legendados, na maioria dos casos. Só acho meio frustrante ver esses preconceitos contra a dublagem serem reproduzidos sem uma reflexão um pouco mais aprofundada, principalmente por quem é da área de tradução.</span></span></span></span></span>Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-63428704712211798422014-01-15T20:38:00.000-02:002014-01-15T20:39:16.787-02:00Títulos de séries, legendagem e dublagemEstá rodando nas redes sociais <a href="http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/traducao-de-breaking-bad-vira-piada-nas-redes-sociais" target="_blank">esta matéria sobre o subtítulo que foi dado para a série "Breaking Bad" pelo canal Record</a>.<br />
<br />
Vale esclarecer que o subtítulo de um filme ou série, ou mesmo o título, *não* se trata de tradução. É um novo título dado pelos produtores ou distribuidores no país de destino, e não envolve tradutores nem estratégias de tradução.<br />
<br />
Também é importante não confundir as críticas feitas ao título com as preferências em torno de legendagem ou dublagem -- o título seria o mesmo, independentemente da forma de tradução adotada.<br />
<br />
Quanto ao gosto (ou desgosto) por dublagem ou legendagem, é algo puramente subjetivo, que nada tem a ver com o grau de escolaridade das pessoas, superioridade ou inferioridade cultural, nem mesmo com noções de arte, como já foi extensamente discutido na literatura acadêmica sobre esses temas.<br />
<br />
Uma breve introdução ao mundo da tradução audiovisual, com algumas dessas distinções, está disponível na <a href="http://www.assinesegmento.com.br/novo/avulsas_produto.asp?codigo=ESPLGTRA01" target="_blank">edição especial sobre tradução da revista Língua Portuguesa</a>, para a qual eu escrevi <a href="http://scribatraducoes.com.br/files/Revista_Lingua_Portuguesa_Carol.pdf" target="_blank">esta matéria sobre tradução audiovisual</a> (em PDF).Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-66698816472941558792013-06-29T20:53:00.002-03:002013-06-29T20:55:42.551-03:00Como falar da profissãoPenso que qualquer tradutor, principalmente os autônomos (a maioria de nós), já passou por algum aperto ao falar da própria profissão. Aquelas perguntas do tipo "Mas você também trabalha?", ter que ouvir um desfile de "pérolas" vergonhosas, etc.<br />
<br />
Também é comum, nos meios de interação entre profissionais, a tradicional choradeira dos pobres coitados tradutores que ninguém reconhece, que só se sacrificam, que não têm horário, que não tem vida e tudo mais. Já devo ter presenciado cem vezes a situação em que alguém reclama por passar um feriado prolongado inteiro trabalhando até de madrugada, ao que outro responde que ele é que tem sorte por ter algum tipo de trabalho.<br />
<br />
A vida não é fácil, e a vida de profissional autônomo não é para qualquer um. Aliás, a vida de assalariado também não é, porque aí tem toda uma outra série de dificuldades e motivos para choramingar.<br />
<br />
Também não é trivial mudar a postura, própria ou alheia, com relação à profissão. Eu sempre aprendi, apliquei e senti na pele que a nossa imagem é a gente que constrói, que respeito é a gente que se dá, que valorização começa por nós mesmos. Mas "falar é fácil", dizem muitos.<br />
<br />
Outra tendência é cada um de nós olhar para outro colega ou para outra profissão e achar que todos se dão bem, exceto nós. E aí também tem aquela situação recorrente: se um intérprete reclama de alguma coisa na profissão, chega um tradutor e diz: "Ah, é? Experimenta ser tradutor, para ver o que é bom." Aí chega o revisor: "Pois então vai ser revisor para ver o que é sofrer!" E então chega o professor de línguas: "Vocês reclamam de barriga cheia! Experimentem ser professores..." E aí vem a secretária, e assim sucessivamente.<br />
<br />
Mas então não vamos falar de tradutores, intérpretes ou revisores, nem nada que tenha a ver com a nossa profissão. Vamos olhar para uma situação completamente diferente.<br />
<br />
O vídeo a seguir caiu nas minhas mãos como parte das traduções que eu faço para a Royal Opera House. Foi exibido nos cinemas, no intervalo da transmissão da ópera "Nabucco", e relata o dia-a-dia do coro permanente da Royal Opera. Eu adorei, porque já cantei em coral e adoro canto coral. Mas, ao fazer essa tradução, tive uma série de revelações e uma epifania: É ISSO! É ASSIM que nós devíamos falar da nossa profissão!<br />
<br />
Assista atentamente e depois continue lendo o que eu pensei quando traduzi esse vídeo.<br />
<br />
<iframe width="608" height="342" src="//www.youtube.com/embed/QT7QK0Kfp6A?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<br />
Logo de cara, sabemos que um cantor de coral é um cantor profissional (nesse caso), mas não se destaca. Ele serve ao conjunto e cada componente tem um papel essencial, mas esse papel não inclui dar showzinhos particulares. Durante a apresentação, eles são praticamente "invisíveis" como indivíduos. Mas a valorização da profissão se dá por cumprirem esse objetivo e em outros momentos, como nesse vídeo, quando falam de si próprios e de seu trabalho.<br />
<br />
Em 00:28, há um depoimento muito comum: "Isso é emprego de verdade?" Imagine quantas vezes eles não devem ouvir isso, assim como nós. Não estamos sós.<br />
<br />
Em seguida, fica claro que, apesar de se apresentarem até tarde da noite, nem sempre têm a manhã livre, como deveriam. Quer dizer, não é aquele empreguinho com horário fixo, 8 horas por dia. Ainda assim, o cantor enfatiza a empolgação que é fazer aquilo todo dia.<br />
<br />
Em 1:08, ele diz que eles preparam 4 ou 5 óperas ao mesmo tempo, em diversas línguas. Preciso enfatizar as semelhanças com os tradutores?<br />
<br />
A partir de 1:50, são mostrados os ensaios de "Nabucco". Fica claro que eles passam muito tempo preparando uma única peça. A dedicação, o esmero, a atenção aos detalhes são absolutos, mesmo que o resultado final seja transitório e presenciado por poucos. Mas eles não estão reclamando disso. É justamente isso que torna seu trabalho tão especial.<br />
<br />
2:16: o regente demanda muitíssimo deles, diz a cantora. E complementa: "Isso é ótimo!"<br />
<br />
3:02: as cantoras falam de quanto texto e quantas informações devem reter na memória, mas por pouco tempo, para depois fazer outra coisa. Mentalmente, achei muito semelhante ao nosso trabalho de pesquisa para cada um dos diferentes projetos. Repare que elas descrevem a própria capacidade mental com orgulho, como algo especial.<br />
<br />
3:34: o cantor fala da profissão, extremamente competitiva. A cantora relata que, quando ela se candidatou, eram 400 candidatos para 4 vagas. Sim, é um emprego fixo, mas fica claro que só os mais qualificados chegam lá. Há várias diferenças com os profissionais autônomos, mas convenhamos, entre os autônomos o objetivo não é apenas <i>conseguir </i>um novo cliente, mas principalmente retê-lo, ser o tradutor preferencial daquele cliente durante décadas, assim como esses cantores deixam claro: ninguém quer largar o osso, pois muita gente gostaria de estar no lugar deles. E, para se manter lá, é preciso ser impecável no trabalho.<br />
<br />
No mesmo tema, em 4:20 a cantora resume o que, na minha opinião, é a chave da valorização da profissão: "Nós fomos escolhidos para estar aqui e nos esforçamos para chegar até onde estamos. E é por isso que este coro tem tamanha qualidade". Repare na circularidade: é um trabalho que exige demais e demanda os melhores, e é graças a eles, os melhores, que o resultado tem tanta qualidade. Fica o recado de que não é bico, não é para qualquer um. É difícil entrar, é difícil permanecer e, se o resultado é bom, é graças a nós. Percebeu que eles nem por um instante se preocupam com os cantores que não chegaram lá, ou com outros empregos piores? Isso não importa, o que importa é valorizar o seu emprego e assim, necessariamente, valorizar a si próprio.<br />
<br />
4:30: a cantora fala dos horários estranhos de trabalho, principalmente à tarde e à noite. Fica claro que ela tem filhos e que não é sempre que está com eles durante o dia. Mas nada de xororô: "É brilhante!"<br />
<br />
Em 4:45, todo o trecho do ensaio de 80 britânicos dirigidos por três italianos é hilário. Agora, veja bem: a mesma situação poderia ser pintada como caótica, inadmissível. Alguém poderia dizer que não foi contratado para fazer esse tipo de palhaçada. Mas não: estão todos no mesmo barco, dentro do possível se divertem e seguem em frente. Às vezes é um caos, mas o importante é que no fim dê tudo certo.<br />
<br />
A partir de 5:45, quando mostram o camarim, achei interessante ver que também faz parte do trabalho dos cantores passar bastante tempo <i>sem</i> cantar. Ainda assim, é necessário. Eu às vezes passo a maior parte do dia preparando orçamentos ou fazendo transações bancárias ou esperando algo acontecer. Mas eles apresentam todo aquele universo como algo bom, entretido, em que eles se integram, se conhecem, se preparam. Achei muito interessante ver que mesmo essa situação é retratada como algo positivo.<br />
<br />
Em 6:41, temos uma boa noção da intensidade de trabalho e da pressão sobre esses profissionais, que trabalham em tantas obras simultâneas que às vezes nem se lembram qual é a daquela noite. Dá para sentir a tensão dos minutos logo antes da hora H. Há os últimos detalhes, o figurino, o palco... Mas, novamente, nada de reclamações. Tem que cantar vestindo armadura? Vamos nessa.<br />
<br />
7:35: agora é o regente que elogia a dedicação dos cantores. Aqui eu pensei que bom, é como em todo "making of" de qualquer produção, todo mundo acha tudo lindo e maravilhoso. Puro marketing. Mas bom, quando nós falamos bem de nossos clientes, quando relatamos para amigos os projetos em que estamos envolvidos, isso também não é marketing? É marketing do nosso próprio trabalho. Quem é que vai fazer marketing para nós, senão nós? A empolgação e emoção com que cada um desses profissionais fala de cada música, de cada obra e do próprio trabalho é contagiante. Há problemas? É claro que há! Mas não são os problemas que eles vão sair divulgando por aí.<br />
<br />
E, bem ao fim do vídeo, é enfatizada a dedicação deles para com o público, que é quem realmente importa. Aqueles instantes podem transformar muitas pessoas. Você é um anônimo no meio de 80 e seu trabalho é sacrificado, mas tem um poder transformador.<br />
<br />
É assim que eu gostaria de falar e ver falarem da minha profissão. Já comecei.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-28420228514129829602012-12-05T00:03:00.000-02:002012-12-05T00:03:19.146-02:00Balé e ópera multimídiaComo é que uma "arte morta", como muitos se referem à ópera, ou um antigo estilo de dança, podem de repente atrair novas gerações a alcançar o maior público a que já teve acesso?<br />
<br />
Através de recursos multimídia!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/S6iYgQYtIm4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Algumas companhias de balé e ópera têm exibido suas apresentações ao vivo, para cinemas de todo o mundo. É o caso do Bolshoi Ballet, a <a data-mce-href="http://www.metoperafamily.org/metopera/liveinhd/LiveinHD.aspx" href="http://www.metoperafamily.org/metopera/liveinhd/LiveinHD.aspx" target="_blank">Metropolitan Opera</a>, <a data-mce-href="http://cinema.roh.org.uk/" href="http://cinema.roh.org.uk/" target="_blank">a Royal Ballet e a Royal Opera House</a>. A <a data-mce-href="http://www.emergingpictures.com/" href="http://www.emergingpictures.com/" target="_blank">Emerging Pictures</a> lista a maioria dessas apresentações.<br />
<br />
No ano passado, eu fui procurada pela Royal Opera House/Royal Ballet (ROH) para traduzir algumas dessas apresentações para o português, pois eles estavam começando a exibi-las para uma rede de cinemas em todo o Brasil. Foi uma experiência ótima, e recentemente começou a temporada de 2012-2013 e eu fui escalada para fazer todas as traduções em português. É por isso que falo mais do ROH aqui, já que conheço de primeira mão como essas transmissões funcionam.<br />
<br />
Essa tecnologia já existe há vários anos. Em 2003, eu assisti a um show de David Bowie que foi exibido ao vivo, desde Londres, para cinemas em todo o mundo. Eu estava no Brasil e, além de vermos o show, pudemos fazer perguntas para Bowie depois, desde o cinema, e ele ouvia e respondia desde Londres. Considerando como essa experiência foi incrível, chega a ser surpreendente (quase assombroso) que não tenha se tornado uma opção de entretenimento muito mais comum.<br />
<br />
Mas parece que as transmissões ao vivo para cinemas finalmente estão vindo para ficar. A ROH começou a exibir as apresentações em cinemas do Reino Unido em 2009; o Brasil foi incluído no ano passado e o Japão nesta nova temporada. Agora transmitem para 240 cinemas de 32 países, em 6 ou 7 línguas, se não me engano.<br />
<br />
Este vídeo (em inglês) destaca as vantagens de assistir balés e operas no cinema.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/UYpuOExLBeE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Os sons e imagens são capturados em alta definição, e as legendas em todas as línguas são todas transmitidas desde Londres. As traduções são realizadas com poucos dias (ou, às vezes, poucas horas) de antecedência. No caso de óperas, traduzimos o <i>libretto</i>, naturalmente, mas também há trailers e curtas sobre cada produção, que mostram ensaios, entrevistas e outras informações importantes sobre a produção, e que são exibidos antes do espetáculo e durante os intervalos. Também há mensagens exibidas na tela para os espectadores (por exemplo, incentivando-os a enviarem <i>tweets</i> com comentários sobre o espetáculo) e um resumo de cada ato que verão. Alguns dos <i>tweets</i> enviados também são exibidos na tela do cinema durante os intervalos.<br />
<br />
Como as imagens são geradas ao vivo, as legendas não podem ser editadas permanentemente sobre o filme. São exibidas manualmente, ao vivo, pelo departamento de <i>surtitling</i> da ROH (<i>"surtitling"</i> é o nome das legendas exibidas em teatros, geralmente acima do palco).<br />
<br />
A ROH interage com os espectadores nas principais redes sociais. Tem seu <a data-mce-href="http://www.youtube.com/user/RoyalOperaHouse" href="http://www.youtube.com/user/RoyalOperaHouse" target="_blank">canal no YouTube</a>, <a data-mce-href="https://www.facebook.com/royaloperahouse" href="https://www.facebook.com/royaloperahouse" target="_blank">página no Facebook</a> e <a data-mce-href="https://twitter.com/RoyalOperaHouse" href="https://twitter.com/RoyalOperaHouse" target="_blank">conta no Twitter</a>. E divulgou recentemente alguns <a data-mce-href="http://www.roh.org.uk/news/the-royal-opera-house-in-numbers" href="http://www.roh.org.uk/news/the-royal-opera-house-in-numbers" target="_blank">números impressionantes sobre a temporada de 2011-2012</a>, que sem dúvida irão crescer a cada ano. Alguns destaques:<br />
<ul>
<li>Cerca de 300.000 pessoas assistiram à Royal Opera e à Royal Ballet em cinemas.</li>
<li>Quando a Royal Ballet fez um dia inteiro de <i>streaming</i> grátis (<a data-mce-href="http://www.youtube.com/course?list=EC0A01774B446FB18E&feature=plcp" href="http://www.youtube.com/course?list=EC0A01774B446FB18E&feature=plcp" target="_blank">um dia na vida da Royal Ballet exibido no YouTube, sem editar</a>), a audiência atingiu um milhão de espectadores.</li>
<li>O público está cada vez mais jovem, com um grande número de pessoas que assistem a ópera e balé pela primeira vez na vida, pois vê-las no cinema é bem mais barato e acessível, e menos intimidador, do que ir até um teatro.</li>
</ul>
Conquistar novos públicos e aproveitar as vantagens oferecidas pelas redes sociais sem dúvida são objetivos importantes. E um dos aspectos atraentes das redes sociais e dos recursos multimídia é o contato mais próximo entre astros e fãs, que a ROH também explora, como se vê neste vídeo (em inglês):<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/GTe4JO9z06M?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Novos públicos e novas mídias também implicam o uso de uma nova linguagem. As legendas devem ser breves e simples, para que possam ser lidas depressa e permitam aos espectadores entender o que é dito e ainda assim apreciar plenamente as belíssimas imagens à sua frente. No caso de óperas, isso significa que as traduções empregam uma linguagem mais moderna, sem termos obscuros ou obsoletos. O texto original continua intacto na performance, mas seria impossível acompanhar o <i>libretto</i> completo junto com o espetáculo. Assim, as legendas estão lá para falar a língua dos espectadores nos cinemas e ajudá-los a aproveitar totalmente a experiência, sem se sentirem deslocados.<br />
<br />
A ROH é um modelo de cliente para os tradutores. O trabalho antes de cada apresentação é intenso e muitas vezes nos fins de semana, mas a remuneração faz jus ao que eles pedem. Procuraram tradutores recomendados, com experiência em legendagem e que se sentissem à vontade com os temas e a terminologia envolvida. Levando em conta a magnitude dessa operação, o custo da tradução provavelmente é quase insignificante, e a prioridade é oferecer a maior qualidade aos espectadores. A ROH reconhece o valor de uma tradução audiovisual especializada.<br />
<br />
Este último vídeo mostra o departamento de audiovisual, e eu acho particularmente fascinante.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/RKmcbk4jKvE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Acredito que há muito a aprender com essa experiência bem-sucedida da
Royal Opera House e de outras companhias de balé e ópera. O público agora é global, novas tecnologias e mídias podem dar vida nova a antigas formas de arte -- incluindo lucro, sim, a internet não está matando a indústria do entretenimento, muito pelo contrário -- e serviços de tradução profissionais e especializados podem fazer a ponte entre as línguas.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: xx-small;">Este texto foi publicado originalmente no meu <a href="http://multimediatranslation.org/" target="_blank">blog sobre tradução de multimídia</a>, em inglês.</span></i></div>
Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-39791540500853137812012-10-12T12:02:00.000-03:002012-10-12T12:02:54.320-03:00EntrevistasFico meio acanhada de publicar isto no meu próprio blog... Mas enfim, acho que há informações úteis para outros tradutores ou estudantes, opiniões e recomendações que eu faço muito em redes sociais, e-mail, aqui no blog, etc.<br />
<br />
Então aqui vai, não (só) como autopromoção, mas esperando que seja útil para alguém.<br />
<br />
A revista <em>Tradução & Comunicação</em>, editada pela universidade
Anhanguera, publicou uma entrevista comigo feita pelos doutorandos Thaís Collet e Rafael Matielo. Eu participei da banca do Rafael quando ele escreveu uma dissertação sobre legendagem, e a Thaís foi minha aluna de legendagem na PUC-Rio.<br />
<br />
<a href="http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/rtcom/article/view/2944/1373" target="_blank">A entrevista está aqui.</a><br />
<br />
Aproveito para mencionar outra entrevista, que eu não cheguei a divulgar aqui. Foi feita pelo Petê Risatti, que conversou com diversos tradutores -- <a href="http://peterissatti.com/conversas-tradutores/" target="_blank">vale a pena ler todas as conversas!</a><br />
<br />
<a href="http://peterissatti.com/conversas-tradutores/parte-i/1878-2/" target="_blank">A conversa comigo está aqui.</a>Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-24678111301858340192012-10-09T17:04:00.000-03:002012-10-09T17:05:35.841-03:00<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
<a href="http://artedatraducao.blogspot.com/2012/10/como-otimizar-seu-projeto-de-traducao-2.html">Como otimizar seu projeto de tradução – Parte II</a>
</h3>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
* * * </div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
Da série <b>DICAS PARA CLIENTES DE TRADUÇÃO</b>,</div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
a versão em português do blog <a href="http://www.translationclientzone.com/" target="_blank"><b>Translation Client Zone</b></a>,</div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
<span style="color: #38761d;">de autoria de <a href="http://www.biancabold.com/" target="_blank"><b>Bianca Bold</b></a></span></div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
* * * </div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
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</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><a href="http://artedatraducao.blogspot.ca/2012/08/como-otimizar-seu-projeto-de-traducao_26.html" style="color: #0b5394;" target="_blank">No primeiro texto desta série</a>, eu comecei a dar dicas a clientes de tradução sobre como colaborar
com tradutores para seu próprio bem, iniciando com aspectos ligados a
planejamento e materiais de referência. Agora o foco das sugestões para
otimizar o processo é no arquivo que você enviará ao tradutor.</span> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT">• Envie a versão <i style="mso-bidi-font-style: normal;">final</i> do texto</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Faça tudo o que
estiver ao seu alcance para que o texto enviado ao tradutor seja a versão final
e revisada. Se não for possível, o mínimo que você deve fazer é destacar as
mudanças feitas depois da primeira entrega. Você pode usar fonte de outra cor,
uma ferramenta de marcador de texto ou, ainda melhor, uma ferramenta específica
para revisões, como aquela que marca as mudanças feitas no Word (“controlar
alterações” ou “<i>track changes</i>”). Nesses casos, é bem comum o tradutor cobrar
conforme o trabalho extra e, dependendo do volume de texto novo, o prazo deverá
ser reajustado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O que você deve
evitar sempre é aquele vai e vem infindável de e-mails com várias versões do
mesmo texto, principalmente depois que o tradutor já começou o trabalho. Essa é
a receita perfeita para perder tempo e, muito provavelmente, dinheiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT">• Envie arquivos editáveis</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Tradutor traduz.
Simples, não é? Entretanto, algumas pessoas pensam que podem enviar uma imagem
a um tradutor e recebê-la de volta com tudo igualzinho, mas em outro idioma.
Bem, isso é perfeitamente viável, mas é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">outro</i>
serviço que seu tradutor pode oferecer ou não. E nem todos os tradutores
oferecem. Enquanto alguns de nós adoram editoração eletrônica e se divertem
formatando textos, fazendo gráficos, preparando tabelas, criando imagens...
outros não levam muito jeito para isso, não gostam ou simplesmente acham que
não vale a pena investir tempo nessas atividades extras e preferem concentrar
seus esforços no que sabem fazer melhor: traduzir.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">A maioria dos
tradutores prefere receber arquivos editáveis. Dito isso, PDFs editáveis são
aceitáveis, mas não ideais. Às vezes é até possível copiar o conteúdo de um
determinado PDF e colar num processador de texto, mas muitas vezes a formatação
se perde. Isso acontece principalmente quando o documento não contém apenas
texto corrido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O melhor tipo de
arquivo que você pode enviar a um tradutor é num formato que possa ser editado
e que também seja suportado pelas chamadas “ferramentas CAT” (ferramentas de
tradução assistida por computador) que seu tradutor usa. Um breve parêntese é
crucial aqui: ferramentas CAT e, mais especificamente, softwares de memória de
tradução, não são a mesma coisa que ferramentas de tradução automática.
Explicando de forma bem simples e resumida, podemos dizer que memórias de
tradução são arquivos que armazenam frases/segmentos traduzidos pelo usuário.
Então, quando seu tradutor se depara com o mesmo conteúdo ou algo semelhante, o
software oferece as soluções já usadas anteriormente, ajudando a manter a
consistência textual. Uma das vantagens dessas ferramentas é que a formatação
costuma permanecer intacta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">No caso de você
não poder enviar um arquivo editável, as reações variam de tradutor para
tradutor. Antes de começar o trabalho, talvez o tradutor peça que você envie o
material a outro profissional para transformá-lo em texto editável. O tradutor
também pode optar por digitar o texto traduzido em um arquivo simples, sem se
preocupar com a formatação final. Nesse caso, você será responsável por
realizar essa tarefa ou contratar quem a faça. O tradutor pode, ainda, oferecer
a formatação (e cobrar pelo trabalho extra) ou encaminhar o texto a um colega
que cuide dessa tarefa (que cobrará suas próprias tarifas).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Uma ótima citação
para fechar esta discussão, por enquanto, é um trecho da seção "Business
Smarts" <span style="color: black;">de janeiro de 2007 da </span><i style="color: black;">ATA Chronicle</i><span style="color: black;"> (revista
da American Translators Association),
intitulada "<a href="http://www.atanet.org/business_practices/smarts_2007_january.php" style="color: #0b5394;" target="_blank">Working with PDFs</a>"
(tradução minha):</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt;">
<span lang="PT"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: large;">A</span>lguns colegas cobram uma sobretaxa fixa para trabalhar a partir de
textos impressos e PDFs, a fim de compensar as tarefas de formatação extra e as
dificuldades de uso de ferramentas CAT. Em muitos casos, clientes diretos
acabam enviando uma cópia editável do documento [...] ao serem informados de
que a tradução de um PDF leva mais tempo e, portanto, custa mais caro.</span></div>
</blockquote>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O mesmo artigo
mostra que trabalhar com textos editáveis é também uma forma de reduzir a
margem de erros:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36pt;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-size: large;">E</span>les [clientes de tradução] também podem gostar de saber que um
tradutor que trabalha a partir de arquivos no próprio processador de texto pode
oferecer níveis mais altos de qualidade e precisão, já que elementos como
tabelas e listas não precisam ser digitados de forma trabalhosa (e talvez até
mesmo imprecisa).</span></div>
</blockquote>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">A esta altura,
deve ter ficado claro que colaborar com seus tradutores não significa apenas
facilitar a vida deles. O mais importante disso tudo é que há muitas coisas que
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">você</i> pode fazer a fim de obter o
melhor produto possível.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Concluindo esta
primeira série de artigos, o próximo texto vai tratar da etapa de tradução
propriamente dita e o que fazer após receber o texto traduzido. Mais uma vez,
vou dar sugestões sobre como se comportar em situações comuns para conseguir o
máximo de retorno em seus projetos de tradução.</span></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-40664977980714655582012-09-30T01:03:00.002-03:002012-10-06T22:06:47.547-03:00Feliz dia do tradutor!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TwDXoPH7t9c/UGe6l3DCNqI/AAAAAAAAF9w/XjOQ8nMXqbI/s1600/JeromeCave_AndreaMantegna1450+.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://3.bp.blogspot.com/-TwDXoPH7t9c/UGe6l3DCNqI/AAAAAAAAF9w/XjOQ8nMXqbI/s640/JeromeCave_AndreaMantegna1450+.jpg" width="521" /></a></div>
<br />
30 de setembro é o dia do tradutor. É a data em que se comemora <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Jerome" target="_blank">São Jerônimo</a>, que traduziu a <i>Vulgata</i> (versão da bíblia em latim) no século IV.<br />
<br />
Há uma grande quantidade de pinturas que ilustram cenas da vida de São Jerônimo. Ele é sempre retratado idoso, magro, geralmente careca (com o crânio protuberante), de barbas longas e túnica, geralmente vermelha. Quase sempre está cercado de livros ou papéis e é acompanhado de um leão domesticado, e quase sempre tem ao seu lado uma caveira, símbolo de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Memento_mori" target="_blank"><i>memento mori</i></a>, a lembrança da mortalidade iminente.<br />
<br />
Muitas pinturas mostram Jerônimo em situação dramática: quase nu, muito magro, debruçado sobre a mesa de trabalho, lutando com o texto.<br />
<br />
Eu só fui me deparar recentemente com a pintura acima, de Andrea Mantegna, feita em 1450. Gostei muito dela e acho que ela tem muito a ver com os tradutores.<br />
<br />
Primeiro, ele está numa caverna. Convenhamos, todos os tradutores têm um lado ermitão, que sabe apreciar a solidão e o silêncio. Para quem olha de fora, nosso escritório pode parecer um buraco empoeirado, mas é onde a gente se sente realmente em casa.<br />
<br />
Ele está vestido, mas largou o chapéu e as sandálias porque a gente trabalha em casa e fica à vontade, mesmo.<br />
<br />
É importante estar sempre hidratado, e nesse quadro São Jerônimo tem um riozinho de água cristalina passando bem na frente da caverna.<br />
<br />
O leão domesticado virou um gatinho -- tradutores são grandes amigos dos felinos -- que olha para ele com uma carinha de "faz tempo que ninguém brinca comigo..." Os meus também me olham assim às vezes. Como todos sabem, é daí que se origina o termo "CAT tools" ;-)<br />
<br />
Na frente da caverna, bebendo água, tem um passarinho vermelho que parece um <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Cardinal_%28bird%29" target="_blank">cardeal</a>, e em cima da caverna tem uma coruja. Achei bacana ter uma ave bem diurna e alegre e outra noturna. Tradutor está na ativa dia e noite, e muitos tradutores têm fortes tendências estrigiformes. <br />
<br />
E o próprio Jerônimo está com cara de cansado, mas ainda matutando, procurando aquela palavra que falta, aquela adaptação aparentemente impossível. Está rezando para o santo protetor dele... quem será o São Jê do São Jê?<br />
<br />
Acho que está um pouco triste porque a internet ainda não foi inventada. Devem ter sido uma barra esses tempos primitivos pré-banda larga. Hoje a gente pesquisa instantaneamente o corpus do mundo todo, usa dicionários digitais, memória de tradução, e troca ideias com milhares de tradutores pelo mundo. Mas, mesmo assim, tem dia que só mesmo Jerônimo para mandar uma inspiração.<br />
<br />
Parabéns a todos os tradutores pelo dia de hoje! Não existiria aldeia global sem a nossa dedicação a cada palavrinha que transformamos na nossa cabeça para que as pessoas se entendam.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
* * * * *</div>
<span style="font-size: x-large;">DIA DO TRADUTOR, parte 2</span><br />
<br />
Ontem (dia 30 de setembro) tinha tanta coisa interessante sendo postada em blogs, Facebook etc. sobre o dia do tradutor que eu me vi, mais uma vez, navegando pelo Google Images em busca de representações de São Jerônimo que eu ainda não conhecia, o que inevitavelmente me fez relembrar outras que eu tinha esquecido.<br />
<br />
Foi então que percebi que o nosso querido São Jê passou por todas as mesmas fases que a gente enfrenta na nossa rotina profissional, sobretudo durante aqueles projetos "memoráveis" que todos nós encaramos de vez em quando. É tudo questão de pôr as imagens na ordem certa:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-ADXMzw0Wl1s/UGmpzsj6UFI/AAAAAAAAF-A/Ayll_v1SfZA/s1600/Jerome1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://1.bp.blogspot.com/-ADXMzw0Wl1s/UGmpzsj6UFI/AAAAAAAAF-A/Ayll_v1SfZA/s640/Jerome1.JPG" width="430" /></a></div>
<br />
Fase 1, <span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832801}..[1]..[1]..[0].[2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832801}..[1]..[1]..[0].[2]."><span id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832801}..[1]..[1]..[0].[2]..[2]">Van Eyck: São Jê começa o dia de trabalho. Está descansado e concentrado. Tomou um bom café da manhã, fez a barba, se vestiu, alimentou o leãozinho. Seu escritório está razoavalmente organizado e ele cuida da ergonomia, pois sabe que o projeto será longo.</span></span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-B_ajO896Hq4/UGmp0EslTeI/AAAAAAAAF-I/agoWtNPrJAI/s1600/Jerome2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="464" src="http://1.bp.blogspot.com/-B_ajO896Hq4/UGmp0EslTeI/AAAAAAAAF-I/agoWtNPrJAI/s640/Jerome2.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Fase 2, <span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832809}..[1]..[1]..[0].[2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832809}..[1]..[1]..[0].[2]."><span id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832809}..[1]..[1]..[0].[2]..[2]">Caravaggio: Ele está totalmente compenetrado no trabalho. Fica mais à vontade, com as roupas mais soltas. Se debruça sobre a mesa. Seu cérebro cresce visivelmente</span></span></span> e sua produtividade atinge o ápice. <i>Memento mori:</i> ele é constantemente lembrado de que precisa terminar o serviço antes que a morte venha buscá-lo.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-PRrudzhS-fQ/UGmp68PVKdI/AAAAAAAAF-Y/YY7tKsgKwJ8/s1600/Jerome4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="468" src="http://1.bp.blogspot.com/-PRrudzhS-fQ/UGmp68PVKdI/AAAAAAAAF-Y/YY7tKsgKwJ8/s640/Jerome4.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Fase 3, <span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832812}..[1]..[1]..[0].[2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832812}..[1]..[1]..[0].[2]."><span id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832812}..[1]..[1]..[0].[2]..[2]">Pieter Coecke van Aelst: As coisas começam a não sair do jeito esperado. Há trechos para os quais não parece haver solução. A vela se apagou, o leão </span></span></span>faminto fugiu de casa, e ele nem notou. Desesperado, discute com a caveira.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-IQ62Whi5-Uo/UGmp1kZXUVI/AAAAAAAAF-Q/1yZFudL_fBw/s1600/Jerome3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="498" src="http://4.bp.blogspot.com/-IQ62Whi5-Uo/UGmp1kZXUVI/AAAAAAAAF-Q/1yZFudL_fBw/s640/Jerome3.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Fase 4, <span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832813}..[1]..[1]..[0].[2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832813}..[1]..[1]..[0].[2]."><span id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832813}..[1]..[1]..[0].[2]..[2]">Lionello Spada: </span></span></span>Esqueça a mesa, ela atrapalha. As roupas também são praticamente eliminadas, já que ele não tem planos de encontrar outro ser humano tão cedo. Ele está envelhecendo precocemente e agora precisa de óculos. Tem ao seu lado o crucifixo, pois precisa de inspiração divina e não quer perder o norte. A caveira morreu (de novo).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-qZH_9dWYAj0/UGmp7iooTaI/AAAAAAAAF-g/DkpEiYToHC4/s1600/Jerome5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="494" src="http://2.bp.blogspot.com/-qZH_9dWYAj0/UGmp7iooTaI/AAAAAAAAF-g/DkpEiYToHC4/s640/Jerome5.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
Fase 5, <span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]."><span id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]..[2]">Simon Vouet: São Jê está delirante. Um anjo efetivamente desce em seu auxílio, mas São Jê discute com ele. O que esse moleque pensa que sabe sobre tradução? E ainda por cima com uma vuvuzela, era só o que faltava! <i>O horror, o horror.</i></span></span></span><br />
<span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]."><span id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]..[2]"><br /></span></span></span>
<span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]."><span id=".reactRoot[143].[1][2][1]{comment3703749908383_3832818}..[1]..[1]..[0].[2]..[2]">Mas eis que sim, o projeto finalmente termina. Ele sobreviveu! Em retrospecto, até que não foi tão ruim assim. E, quando o trabalho é publicado, a sensação de orgulho é indescritível. Ser tradutor é a melhor profissão do mundo!</span></span></span><br />
<br />Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-22097813844988266502012-08-26T13:30:00.000-03:002012-08-26T13:40:28.910-03:00<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
<a href="http://artedatraducao.blogspot.ca/2012/08/como-otimizar-seu-projeto-de-traducao_26.html">Como otimizar seu projeto de tradução – Parte I</a>
</h3>
<div class="post-header">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
* * * </div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
Da série <b>DICAS PARA CLIENTES DE TRADUÇÃO</b>,</div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
a versão em português do blog <a href="http://www.translationclientzone.com/" target="_blank"><b>Translation Client Zone</b></a>,</div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
<span style="color: #38761d;">de autoria de <a href="http://www.biancabold.com/" target="_blank"><b>Bianca Bold</b></a></span></div>
<div style="color: #38761d; text-align: center;">
* * *</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: small;">O maior interessado no
sucesso de uma tradução deve ser, sem dúvida, o cliente. No entanto, </span><span style="font-size: small;">por falta de conhecimento
sobre o processo de tradução, a sua colaboração no projeto pode não ser muito
eficaz ou, ainda pior, você pode acabar atrapalhando o andamento ou o
resultado.</span><span style="font-size: small;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Com isso em mente, eu
listei algumas medidas que deveriam ser observadas por todos os envolvidos em
uma tradução, e não apenas por quem é designado especificamente como gerente de
projeto ou PM (do inglês “project manager”). Entendo que na vida real a
situação às vezes foge ao nosso controle. Então, digamos que as recomendações a
seguir representem a melhor das hipóteses, em que todos saem ganhando.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br />
<br />
<span style="font-size: small;"><b>P</b><b>lanejamento</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">É importantíssimo
planejar um projeto com antecedência e dar aos tradutores o tempo necessário
para fazerem um trabalho cuidadoso. Se você já estiver acostumado a trabalhar
com um tradutor, deve ter uma ideia de quanto tempo ele precisa para realizar
uma determinada tarefa. No entanto, a produtividade varia de pessoa para
pessoa, de texto para texto e até mesmo de dia para dia. Além disso, lembre que
vários "obstáculos" podem atrapalhar seu tradutor a qualquer momento:
ele pode estar com tempo reservado para outro projeto, fazendo malabarismo com
dois ou mais textos (em vez de poder lhe oferecer dedicação integral, o que é
bem comum), o texto pode se distanciar do que o profissional está acostumado a
traduzir (o que deixa o processo mais demorado), o tradutor pode estar ocupado
com questões pessoais ou até se preparando para tirar férias...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Recomendo que você sempre
fale com seu tradutor assim que souber de projetos futuros. Se sua empresa lida
com projetos recorrentes que precisam de tradução, por exemplo, não há motivo
para não avisar o tradutor com antecedência. É claro que você só pode pedir que
alguém reserve seu tempo quando tiver mais detalhes, como datas, tamanho do
texto, conteúdo, etc. Um tradutor organizado ficará grato ao saber que algo
está por vir e, possivelmente, terá esse futuro projeto em mente quando montar
sua agenda de trabalho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Em seu escritório ou
empresa, certifique-se de que todos os envolvidos na produção do texto original
respeitem os prazos. Além disso, o cronograma deve levar em conta </span><span style="font-size: small;">não só o trabalho do tradutor
propriamente dito como também o tempo necessário para alguém</span><span style="font-size: small;">
da sua empresa fazer uma leitura final da tradução. Mas tome muito cuidado:
pedir que sua equipe "edite" uma tradução é uma faca de dois gumes e
deve ser feito com muita atenção e responsabilidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Saiba que prazos muito
curtos são geralmente acompanhados de taxas de urgência, e estas são despesas
que você pode evitar. E tem mais: prazos caóticos podem afetar a qualidade do
texto final. Em breve, discutirei esse tema em mais detalhes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br />
<br />
<span style="font-size: small;"><b>Materiais de referência</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Ao escrever sobre <a href="http://www.atanet.org/docs/Getting_it_right.pdf" target="_blank">formas de evitar erros na tradução de um texto técnico, Chris Durban</a> sugere que você use pessoas da sua empresa que sejam especialistas no assunto
para fornecer aos tradutores terminologia apropriada e materiais de referência.
Esse conselho é pertinente a todos os tipos de texto e mídia. É importante
enviar ao tradutor todos os materiais que sejam de alguma forma relacionados ao
texto a ser traduzido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Se você tiver documentos
bilíngues relevantes, como conteúdos previamente traduzidos, nem pense duas
vezes! Outros materiais úteis são glossários (monolíngues ou bilíngues), listas
de termos preferenciais, manuais de estilo, listas de siglas, abreviações e
acrônimos escritos por extenso, etc. Em geral, os tradutores experientes estão
preparados para detectar termos pertinentes, expressões, frases e outros
elementos de estilo presentes até mesmo em textos monolíngues. Então, vá em
frente e envie aquele relatório em inglês produzido em 2002, mesmo que você não
encontre a tradução para o português. Da mesma forma, todos os textos
relevantes na língua-alvo (isto é, língua para a qual o texto é traduzido)
serão muito bem-vindos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Esses materiais de apoio
ajudam a manter a consistência entre os textos de sua empresa e colaboram para
que seu tradutor preste um serviço de alta qualidade. Dependendo do caso, o
acesso a esses materiais pode até mesmo reduzir o cronograma de entrega.</span></div>
<div style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Como você pode perceber, todos tiram proveito
dessas medidas. Você aumenta suas chances de receber um texto final impecável,
e os tradutores apreciam o apoio e a consideração que os ajudam a atender às
necessidades de seu cliente de forma mais rápida e eficiente.</span></div>
Anonymousnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-74618174542199495942012-08-25T23:40:00.000-03:002012-08-25T23:40:38.121-03:00Tradução na Globo UniversidadeA formação de tradutores e o mercado de tradução foram o tema de várias matérias publicadas na Globo Universidade. O foco foi sobretudo na PUC-Rio, onde eu estudei e leciono. São bem aprofundadas e ótimas para tradutores profissionais ou para quem ainda está planejando a carreira. <br />
<br />
A matéria principal é em vídeo, mas o site da Globo Universidade traz alguns artigos complementares:<br />
<br />
<a href="http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/videos/t/edicoes/v/traducao-integra/2092366/" target="_blank">Matéria em vídeo sobre diversas especializações oferecidas na PUC-Rio</a><br />
<br />
<a href="http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/08/saiba-como-e-o-mercado-de-trabalho-e-onde-estudar-para-se-tornar-tradutor.html" target="_blank">Artigo sobre o mercado de tradução</a><br />
<br />
<a href="http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/08/interpretacao-simultanea-e-um-dos-mercados-promissores-do-tradutor.html" target="_blank">Artigo sobre interpretação</a><br />
<br />
<a href="http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/08/traducao-de-legendagem-de-livros-e-de-dublagem-mercados-em-expansao.html%20" target="_blank">Artigo sobre o mercado de tradução audiovisual e literária</a><br />
<br />
<a href="http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2012/08/traducao-juramentada-saiba-mais-sobre-e-como-se-tornar-um-tradutor.html" target="_blank">Artigo sobre tradução juramentada</a><br />
<br />
Achei as matérias excelentes. Raramente uma reportagem na imprensa sobre tradução passa do mais básico. Mas o mercado de tradução está crescendo muito no Brasil e o profissional vem ganhando muita visibilidade.<br />
<br />
Do ponto de vista pessoal, o mais incrível é que eu conheço praticamente todo mundo em todas as matérias! Uns foram meus professores, outros meus colegas e outros meus alunos. O mundo da tradução é uma enorme família, mesmo.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-22098492184468235352012-07-01T18:58:00.002-03:002012-07-01T19:37:53.375-03:00Autotradução: parte tradução, parte autoriaFazia tempo que eu queria escrever um artigo/reflexão que não fosse sobre legendagem. Este assunto já estava nos rascunhos há muito tempo, mas foi só quando li outras coisinhas por aí que decidi juntar tudo.<br />
<br />
Você sabe o que é <b><i>autotradução</i></b>?<br />
<br />
Eu ouvi falar nisso quando durante o mestrado (2003-2005), pois minha colega Maria Alice Antunes estava pesquisando esse tema para seu doutorado.<br />
<br />
Autotradução é a tradução que alguém realiza da sua própria obra original. Quer dizer: é um autor que escreve um texto e decide, ele próprio, traduzir para outra língua.<br />
<br />
A Maria Alice passou alguns anos investigando quais seriam as diferenças e os limites, ou as sobreposições, entre os papéis do autor e do tradutor. Quanto um autor traduz a própria obra, ele age mais como autor ou mais como tradutor? Há como perceber isso no texto? E quais seriam, exatamente, essas diferenças?<br />
<br />
Além de muito estudo teórico e de levantar muitos outros casos de autotradução literária pelo mundo (entre os mais notórios, Vladimir Nabokov,
Samuel Beckett e Milan
Kundera traduziram suas próprias obras), Maria Alice abordou, como estudo de caso, as autotraduções que João Ubaldo Ribeiro fez para o inglês de dois romances seus, <i>Sargento Getúlio</i> e <i>Viva o povo brasileiro</i>. João Ubaldo morou muitos anos nos EUA e se considera falante bilíngue de inglês e português.<br />
<br />
Durante meus dois anos no mestrado, eu adorei acompanhar a pesquisa dela e as trocas de e-mails com João Ubaldo, cujo humor variava bastante e que repetidas vezes disse que sofreu horrores para fazer essas traduções e que jamais faria isso de novo. Maria Alice fez uma análise comparativa dos romances traduzidos e ia fazendo a ele várias perguntas específicas, além de contar com outros depoimentos dados por ele, inclusive um artigo que ele escreveu para a ATA sobre a experiência.<br />
<br />
Mas o melhor foi quando a Maria Alice me pediu para fazer a revisão do texto final de sua tese. Passei vários dias debruçada sobre todo esse estudo, que é interessantíssimo e muito revelador. O texto é muito bem elaborado e essa leitura me marcou bastante.<br />
<br />
Não vou resumir um trabalho tão amplo e complexo. Basta dizer que nada é bem o que parece e os limites não são nada claros. E, em muitos casos, aquilo que o autor/tradutor declara quanto às suas intenções, sua postura consciente e seus procedimentos não bate com o que é observado no texto, em uma análise aprofundada.<br />
<br />
<a href="http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=9825@1" target="_blank">A tese de doutorado da Maria Alice Antunes está disponível aqui</a>.<br />
<a href="http://www.annablume.com.br/comercio/product_info.php?cPath=17&products_id=1206" target="_blank">A tese foi transformada em livro, que está aqui</a>.<br />
Há também um grande número de artigos menores que foram sendo publicados durante e após o doutorado, como <a href="http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/15898/15898.PDFXXvmi=Kk7Pk7pTUsl7vr7mjPLwI229aOGbHwCrSKieSI9NcuUIW26hSSOBUQL5Gshn1UQUFa9zSim6NiPLlV3eORQKJDQp78O93G4JQdiKwGQlZH7kDaAs3reN65ddd3nhJr1BGkld1dz1UHlzSW2WphKvmZKB28SMBUnhgJvhX6iSNFrHDuE3MozanjLqsEd4ABlQlS9jZscN9FuMb9PZzp9XKVodBDibfE3BxcUwF8kOOQC01s0ASazE6XRHCaTRPWso" target="_blank">este aqui, que faz um relato mais abrangente e histórico sobre autotradução</a>, e <a href="http://www.editoraufjf.com.br/revista/index.php/ipotesi/article/viewFile/414/388" target="_blank">este aqui, que traz um pedacinho do estudo de caso</a>.<br />
<br />
Agora outros desdobramentos que me fizeram pensar ainda mais.<br />
<br />
Recentemente, nem sei bem como, eu vim parar neste <a href="http://wordswithoutborders.org/dispatches/article/the-black-hat-on-self-translation-and-freedom/" target="_blank">artigo de Olafur Gunnarsson, autor e tradutor islandês</a>. Ele fala um pouco sobre a tradição literária islandesa, os gostos atuais dos leitores (que preferem mais literatura americana traduzida do que a sua própria, como costuma acontecer no Brasil também) e um pouco sobre a mentalidade da sociedade islandesa. Se você ler em inglês, leia! É um artiguinho delicioso.<br />
<br />
O que mais me intrigou foi ele dizer que se sente mais temeroso e se autocensura ao escrever em islandês. É uma sociedade pequena, em que todo mundo se conhece, e parece que há gente que tem o hábito de vestir carapuças e achar que personagens e fatos relatados em histórias de ficção dizem respeito a si própria, e vai tirar satisfação com o autor.<br />
<br />
Por isso, Gunnarsson se sente mais livre quando traduz do inglês para o islandês. Como o texto não é dele, ele não precisa se censurar ou ficar pensando se corre o risco de ofender alguém. Assim, se liberta e traduz com grande prazer. E eu tenho a impressão de sentir, nas entrelinhas, que ele se utiliza da sua prática e da sua posição de autor também nas traduções, não necessariamente sendo um tradutor submisso e temeroso com relação ao status do autor original.<br />
<br />
E aí fica mais interessante ainda: como ele se sente mais livre adotando a identidade de tradutor, ele também escreve seus contos assim. Primeiro em inglês, que não é sua língua materna, e depois autotraduz o seu conto de volta para o islandês. Mesmo que o único texto publicado seja em islandês, ele se sente mais à vontade ao escrevê-lo fingindo que o texto veio de outro lugar.<br />
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Eu achei essa história absolutamente fascinante.<br />
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Para fechar, só mais um detalhe que encontrei e que corrobora o que Gunnarsson diz. Li o seguinte trecho num artigo do <a href="http://www.openculture.com/" target="_blank">Open Culture</a>, meu novo vício e o arqui-inimigo de quem tem prazo para entregar serviços, que comemorava o <a href="http://www.openculture.com/2012/03/celebrate_jack_kerouacs_90th_birthday_with_ikerouac_the_moviei.html" target="_blank">aniversário de Jack Kerouac</a>:<br />
<blockquote class="tr_bq" style="color: #666666;">
<i>He was born March 12, 1922 in Lowell, Massachusetts to French-Canadian
immigrants. He grew up speaking the Quebec French dialect </i><i><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Joual" target="_blank">Joual</a>,
and didn’t learn English until he was six years old. “The reason I
handle English words so easily,” Kerouac once said, “is because it is
not my own language. I re-fashion it to fit French images.”</i></blockquote>
Quer dizer, é a mesma ideia: por sentir que o inglês não era totalmente a sua língua, ele não se sentia na obrigação de se prender muito aos seus rigores e limites. Achei fantástica a noção de que ele formava <i>imagens em francês</i> e depois moldava a língua inglesa para tentar descrevê-las.<br />
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Aliás, Gunnarsson traduziu Kerouac para o islandês e achou fácil e divertido.<br />
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Não sei exatamente que conclusões tirar disso, mas sinto uma enorme euforia ao ler esses depoimentos e experiências. Uma língua não é algo externo a nós, mas é algo que nos forma, que nos constrói, que molda a nossa forma de pensar e enxergar.<br />
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Eu me interesso também por estudos sobre bilinguismo, que têm insights interessantes sobre esse tipo de coisa. Ah, mas também gosto de neurolinguística... Enfim, eu precisaria ter umas três ou quatro vidas, de preferência correndo em paralelo, com as informações compartilhadas num <a href="http://db.tt/Zzgn6oj" target="_blank">Dropbox</a> mental infinito.<br />
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Mas a questão é que sou bilíngue, aliás razoavelmente trilíngue, e passo praticamente todas as horas da minha vida com três línguas transitando pela minha cabeça, falando, lendo, escrevendo e transformando uma língua em outra. E, desde que comecei a ler e refletir sobre autotradução e sobre bilinguismo, esses insights (que às vezes nem são muito palpáveis) ficaram comigo e se fazem lembrar em diversos instantes do dia a dia. Tenho a impressão de que eu vivo me autotraduzindo, mesmo sem querer.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-21559383.post-21577783794826230842012-04-29T22:38:00.000-03:002012-04-29T22:39:26.294-03:00Estamos na revista 'Língua Portuguesa'Acaba de sair uma edição especial da <a href="http://revistalingua.uol.com.br/" target="_blank">revista <i>Língua Portuguesa</i></a> intitulada "Tradução & Linguagem", que aborda o mercado de tradução no Brasil.<br />
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A Bianca Bold, minha sócia, e eu participamos em duas matérias da revista: <br />
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O artigo "<b>Profissionais conectados</b>" aborda o uso de redes sociais e outros recursos de internet por tradutores independentes. <a href="http://www.biancabold.com/" target="_blank">Bianca Bold</a> é uma das entrevistadas, e conta um pouco de sua história e dá dicas para outros profissionais. O artigo é excelente para quem estuda ou trabalha com tradução. <a href="http://www.biancabold.com/2012/04/lp-profissionais-1/" target="_blank">Clique aqui para ler a matéria no site da Bianca</a>.<br />
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"<b>As lógicas do audiovisual</b>" aborda a tradução de materiais audiovisuais no Brasil, com ênfase em legendagem e dublagem, e é de minha autoria (<a href="http://www.scribatraducoes.com.br/wp-admin/carol" target="_blank">Carolina Alfaro de Carvalho</a>). <a href="http://scribatraducoes.com.br/files/Revista_Lingua_Portuguesa_Carol.pdf" target="_blank">Clique aqui para ler a matéria em PDF</a>.
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Aproveito aqui para corrigir dois erros que saíram nessa matéria, mas que não foram cometidos por mim:<br />
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<li>O último quadro foi intitulado "As peculiaridades do mercado de TAV" e saiu com um erro de ortografia.</li>
<li>Lá no finalzinho, onde está o meu nome, consta a informação "ministra cursos de legendagem on-line na PUC-Rio", o que obviamente não faz sentido. Eu dou cursos online (à distância, portanto as aulas ocorrem no mundo cibernético e não em nenhuma cidade particular) e também dou cursos presenciais na PUC-Rio.</li>
</ul>
A revista <i>Língua Portuguesa</i> é excelente e merece ser assinada por todo profissional que utilizar o português como instrumento de trabalho (professores, comunicadores, jornalistas, tradutores, revisores e, enfim, pessoas que gostam de se comunicar bem e prezam a cultura geral). A publicação de um número especial sobre tradução, com artigos escritos por diversos profissionais da área, é muito bem-vinda e esperamos que tenha sido o primeiro de vários números - ou pelo menos várias outras matérias com foco nesse mercado.Carolina Alfaro de Carvalhohttp://www.blogger.com/profile/07191916392728529091noreply@blogger.com1