Esta notícia está uns dois meses atrasada, mas antes tarde do que nunca.
Fiquei feliz em ver a matéria sobre os bastidores da legendagem publicada na Revista da TV do jornal O Globo, em agosto. A autora é a Elizabete Antunes.
Coisa rara de se ver, a reportagem enfoca as produtoras cariocas responsáveis por boa parte dos programas legendados que o Brasil assiste nos canais de TV a cabo. Os tradutores participam também, é claro, mas o fato do foco serem as produtoras dá uma perspectiva muito mais real. Afinal, são as produtoras que contratam os tradutores -- os materiais fornecidos, as normas e os padrões impostos, a revisão, a remuneração ficam a cargo delas.
A matéria mostra bem essa integração entre tradutores e produtores. Aliás, dizer só "produtores" também é reducionista, pois em uma produtora trabalham engenheiros de som e vídeo, programadores e outros profissionais (dos quais relativamente poucos lidam com línguas e textos). Além disso, a relação de trabalho mais direta é entre o tradutor e o produtor, mas este por sua vez está prestando um serviço para o canal ou a distribuidora -- que passa a ser o cliente indireto do tradutor também -- e vale lembrar que o público-alvo dessa turma toda é outro, bem diferente: é o pessoal que está no sofá, comendo pipoca e querendo rir e chorar vendo filmes e programas (rir e chorar por causa do conteúdo, não da qualidade da tradução, é claro). É justamente uma integração bem-sucedida entre todos os profissionais que interagem nos bastidores que vai garantir uma boa qualidade no final do processo.
Vale lembrar que a matéria enfoca apenas um recorte do que é o mercado de legendagem. O público repara muito nas legendas da TV, é claro, mas o universo da legendagem é muito maior do que isso.
Clicando na imagem abaixo dá para ler a matéria toda.
Um comentário:
Olá Carol.
Meu nome é Maria Teresa, sou estudante de tradução e interpretação e amei ter descoberto seu blog.
Marcarei presença sempre.
Continue postando!!!
Postar um comentário